Praia precisava de uma oposição do MpD útil - PAICV

PorSheilla Ribeiro,13 ago 2021 12:39

A Comissão Política Regional de Santiago Sul (CPRSS) do PAICV, defendeu hoje que a cidade da Praia precisava de uma oposição do MpD útil, sem a tentativa de manchar a Câmara Municipal liderada por Francisco Carvalho. Aliás, o partido diz concordar com o edil quando refere que o Presidente da República poderia fazer encontros, diálogos e influenciações [também] mais úteis, como a busca de linhas de financiamento para ajudar nas soluções.

O presidente da CPRSS do PAICV, Carlos Tavares, reagiu assim, em conferência de Imprensa, às declarações feitas pelo coordenador do MpD, Alberto Mello, negando a responsabilidade do partido ao bloqueio da CMP.

Para o PAICV, a oposição feita pelo MpD é irresponsável, sem seriedade e cansativamente repetitiva e a oposição vem usando mentiras na tentativa de manchar a autarquia.

O partido nega perseguição aos trabalhadores apontados pelo MpD e afirma que a nova equipa camarária tem um rosto mais humano e tem procurado criar melhores condições de trabalho.

A propósito das obras, Carlos Tavares garantiu que as mesmas já arrancaram na Praia e outras vão sendo iniciadas.

“A oposição do MpD, ao invés de pedir mais para a Praia, para se iniciar as obras, apoia o bloqueio por parte do governo na não transferência das verbas de contratos-programas estabelecidos com a CMP”, acusou, informando tratar-se de 274 mil contos, mais  258 mil contos derivado dos estragos das chuvas de Setembro de 2020.

Relativamente ao saneamento, no entender do presidente da CPRSS, o maior lixo existente na Praia é o mercado do Coco cuja obra não foi concluída.

Sobre o retrocesso, apontado por Alberto Mello, Carlos Tavares assegura que sob a gestão de Francisco Carvalho, a CMP caminha para o futuro. A título de exemplo apontou medidas adoptadas como a redução de taxas para rabidantes, taxistas e a redução da renda dos moradores de Casa para Todos.

Já em relação à afirmação do edil de que o Presidente da República é parte de uma “concertação” para atacar a autarquia, o PAICV diz concordar.

“Não deixamos de pontuar o que parece ser uma certa incoerência do PR que durantes quase 10 anos não chamou as Câmaras outrora governadas por MpD, para falar da situação péssima do saneamento que existia com várias greves, de gestão danosa de terrenos, de obras sobre facturadas sem resultados...”, considerou.

Para o PAICV o Chefe de Estado podia também ser útil chamando os principais agentes perante a “gestão danosa” da TACV e abrir um diálogo sobre as cláusulas de confidencialidade em negócios públicos.

No passado domingo, o presidente da CMP, Francisco Carvalho, disse à Inforpress que o encontro do Presidente da República com os profissionais do sector de Saneamento básico da ilha de Santiago foi pensado para atacar a autarquia praiense.

“Eu acho que, neste momento, há claramente uma concertação entre vários actores. Estamos a falar de responsáveis políticos a nível da concelhia do MpD, estamos a falar de deputados da Nação do MpD, que estão concertados para atacarem a Câmara Municipal da Praia, porque não aceitam o resultado que saiu das urnas”, acusou na altura.

Já o Presidente da República afirmou ter sido com um "misto de estupefacção, incómodo e tristeza" que tomou conhecimento das acusações do presidente da CMP, de fazer parte de uma concertação para atacar a autarquia.

Através de um comunicado, o Chefe do Estado disse que a surpresa não resulta do facto de as relações entre o Presidente da República e o edil serem cordiais, como o atestam a circunstância deste ter felicitado pessoalmente, no dia imediatamente posterior, Francisco Carvalho aquando da sua eleição e de tê-lo recebido, a seu pedido, para uma visita de cortesia.

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Autoria:Sheilla Ribeiro,13 ago 2021 12:39

Editado porSara Almeida  em  25 mai 2022 23:21

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