O responsável da agência da ONU falava na manhã desta sexta-feira, na abertura da 64.ª reunião da Comissão Africana da OMT.
“Hoje vamos discutir o futuro do turismo em África. Isto não é novo, mas o que é novo é que o sector mudou, as pessoas mudaram, a forma de viajar mudou. África precisa de suporte e de linhas orientadoras e não há melhor oportunidade do que esta, para discutir e ver como vamos seguir e como vamos planear o nosso futuro”, antecipou.
Perante uma plateia composta por cerca de dezena e meia de ministros, e outras personalidades ligadas ao turismo, Pololikashvili realçou a importância de captar investimento e criar postos de trabalho.
“[O investimento] é a melhor forma e a forma mais rápida e sustentável de criar empregos, novos empregos, que são precisos, não só em África, mas em todo o mundo, especialmente depois da crise pandémica”, destacou.
A pandemia de SARS-CoV-2 provocou uma crise na indústria do turismo dez vezes superior à crise anterior, de 2009. De acordo com a OMT, verificou-se uma queda de mil milhões de turistas e perdas superiores a um bilião de dólares.
O ministro do Turismo e Transportes, Carlos Santos, lembrou que África não escapou à crise, nem aos seus efeitos, pelo que uma rápida retoma é prioridade.
“Os países africanos não foram excepção, pelo que estão cientes da necessidade de implementação de medidas sanitárias e económicas para a retoma rápida das respectivas economias. A reunião da CAF [Comissão Africana] é decididamente uma oportunidade única para essa discussão”, expressou.
“O foco das discussões deverá incidir, essencialmente, sobre os efeitos no turismo e as directrizes que deverão ser aprovadas para proporcionar a rápida retoma económica. A expectativa é imensa”, admitiu.
Cabo Verde acolhe, esta quinta-feira, na ilha do Sal, a 64ª reunião da Comissão Regional Africana da OMT. Amanhã, sexta-feira, as delegações participam no segundo Fórum Global de Turismo para o Investimento em África.
A promoção do investimento no sector turístico, a construção de uma imagem positiva do continente, enquanto destino turístico, e a maior integração continental são as principais metas a alcançar.
De acordo com o governo, estão no país mais de duzentos participantes, entre ministros do turismo do continente africano, investidores e instituições financeiras internacionais, acompanhados de especialistas do sector turístico.
O programa oficial do duplo evento prolonga-se até sábado, dia dedicado a visitas e encontros.