Em conferência de imprensa proferida, hoje, na sua sede no Mindelo, os deputados do maior partido da oposição, pela voz de João do Carmo, disseram que as críticas são generalizadas, e lembram que a situação afecta toda a região Norte do país.
“O custo de pedido de um visto para esta população é extremamente exagerado. Neste momento a marcação de uma entrevista ou para recolha de dados só para depois de Setembro deste ano. Isso é extremamente grave para as pessoas desta região do país que pretendem viajar. Entendemos que isso é até anticonstitucional. Há muita gente que está quase em desespero, querendo viajar por inúmeras razões, e não podem sequer viajar para a Praia para terem uma marcação de entrevista”, aponta.
João do Carmo refere que a solução não está directamente nas mãos do Governo, mas entende que o executivo pode, através do diálogo e das relações diplomáticas com a União Europeia, sentar com o CCV e resolver o problema.
João do Carmo critica preço praticado pela TACV para São Vicente
Outra questão tratada na conferência de imprensa tem que ver com o preço das passagens aéreas na TACV – Cabo verde Airlines na rota para São Vicente, quando comparado com as outras ilhas.
“A verdade é que é uma companhia que tem um preço para a Praia, tem um preço para a ilha do Sal e o preço para a ilha de São Vicente é bem superior. Não se compreende porque estamos a falar de três aeroportos internacionais e com o mesmo tempo de voo. Entendemos sim o porquê de tanta procura para a ilha de São Vicente, contudo a solução é aumentar a oferta de voos ao invés de aumentar o preço das passagens”, entende.
Na mesma comunicação, o deputado do PAICV criticou o facto de o complexo habitacional da Portelinha continuar fechado depois de ser entregue ao Governo.
“Nós não entendemos a atitude do Governo em relação a esta matéria. Não se entende, vários meses após a inauguração, o Governo desculpar-se com o processo de escolha e selecção dos beneficiários. Eles tinham o recenseamento dos moradores das casas de tambor dessa região e tiveram todo o tempo para fazer a selecção”, considera.
O PAICV diz que vai continuar a acompanhar o processo até o final, no sentido de verificar a transparência na distribuição dos apartamentos.
A República Popular da China entregou, a 19 de Janeiro, o complexo habitacional da Portelinha ao Governo.