“As narrativas em relação ao excesso de optimismo penso que não faz sentido. Nós temos de transmitir optimismo aos nossos concidadãos, ao sector privado, aos nossos parceiros. Esta é a nossa obrigação. Não de vender pessimismo”, disse Olavo Correia esta manhã durante a discussão da proposta de Orçamento do Estado no parlamento.
O governante admite que o contexto que se vive hoje é adverso e que os riscos são elevados, mas sublinhou que o Governo e os cidadãos têm de fazer escolhas e agir com determinação para que o país cresça.
“Nós não podemos negar esse enquadramento perante este cenário que é um cenário que é exigente. Nós não podemos vender ilusões. Temos de fazer escolhas, temos de agir e temos de agir com determinação. Por isso, este é um orçamento que promove a estabilidade macro-económica, que investe no crescimento económico e nós precisamos de optimismo neste momento de crise”, realçou.
Olavo Correia realçou que os dados dos últimos anos dão, ao Governo, razões para estar optimistas pois salientou que o Estado tem entregado mais do que aquilo que tem previsto.
“Para este ano (2022) estávamos a prever o crescimento à volta de 4 a 5% e nós estamos a caminhar para um crescimento de dois dígitos. Estamos a entregar duas ou três vezes mais do aquilo que estávamos a prever para este ano. E portanto temos razões, apesar dos pesares, para estarmos optimistas, e sobretudo, para fazermos aquilo que temos a obrigação de fazer”, acrescentou.
O governante reagia ao posicionamento do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) que considera que o OE’2023 não é o orçamento que permite aos cabo-verdianos enfrentar os desafios dos anos 2023 e classificou a proposta de “irrealista, despesista e intransparente”.
A resposta foi também para os deputados da União Cabo-verdiana Independente Democrática (UCID), que também duvidam das previsões do orçamento para o próximo ano entre as quais a nível do crescimento económico de 4,8% e da redução da dúvida para 133,2% do Produto Interno Bruto (PIB), isto tendo em conta o cenário internacional e nacional.
O Orçamento do Estado para o ano económico 2023 é de 78 milhões de contos, um acréscimo de quatro/cinco por cento (%) em relação ao orçamento vigente de 2022.
Prevê um crescimento económico de 4,8% do Produto Interno Bruto (PIB), esperando-se uma inflação de 3,8%.