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Numa declaração feita hoje à imprensa, em jeito de balanço de uma visita que realizou entre 2 e 8 deste mês a bairros e instituições da ilha, o líder do partido, João Santos Luís, fala da inexistência de um fundo de maneio para funcionamento da PJ.
“O que pode traduzir em atrasos nos trabalhos e processos de pequenas aquisições. Condiciona particularmente a investigação criminal a qual impõe disponibilidade de determinados recursos, agravada pela burocracia reinante ainda na nossa Administração Pública, contrariando claramente com a celeridade que é exigida na investigação criminal em todos os níveis”, diz.
“Exiguidade de inspectores para dar cobertura aos trabalhos de prevenção e reacção ao combate a criminalidade realizado nas ilhas de São Vicente, Santo Antão e São Nicolau em condições apropriadas e de segurança”, aponta.
A ministra da Justiça, Joana Rosa, anunciou a contratação de mais 25 inspectores da Polícia Judiciária em 2023. O presidente da UCID considera que o número é reduzido, tendo em conta as necessidades do país.
João Santos Luís aponta outros desafios e preocupações internos que, na sua perspectiva, devem ser equacionados ainda este ano.
“Combate ao tráfico interno; disponibilidade para acções de prevenção, modernização administrativa; construção da sede, desconcentração de verbas, bem como a preocupação relativamente às festas de Romarias que precisa alguma regulamentação, devido ao envolvimento de bombeiros municipais e autoridades policiais quando são chamados no decorrer das festividades para qualquer eventualidade”, enumera.
Do lado da Polícia Nacional, o líder partidário lamenta aquilo que chama de indisponibilidade da instituição em receber os deputados da UCID.
Durante a visita, os parlamentares estiveram na Associação Amigos da Natureza, na Alfândega do Mindelo e na Câmara de Comércio de Barlavento.
Na agremiação empresarial, João Santos Luís diz ter recebido a informação de que os operadores ficaram praticamente descapitalizados e agora com a retoma do turismo, estão a passar por várias dificuldades para poderem pagar os impostos e manter a actividade.
“Com IVA na restauração a taxa de elevadíssima de 15% muitos deles não estão a aguentar e corre-se o risco de redução de empregos, para poder pagar o IVA, pelo que seria desejável que nesta altura de retoma e sufoco o governo pudesse mitigar um pouco a situação fazendo baixar um pouco a taxa do IVA na restauração, durante algum tempo, permitindo uma retoma natural sem riscos de eventuais despedimentos”, sugere.
São questões que a UCID pretende levar à próxima sessão parlamentar, que acontece nos dias 11 e 12 deste mês, na Assembleia Nacional.
