​Partidos unânimes sobre necessidade de consenso na Câmara de São Vicente

PorFretson Rocha, Rádio Morabeza,14 fev 2023 14:19

Adilson Graça, Armindo Gomes e Jorge Pinto
Adilson Graça, Armindo Gomes e Jorge Pinto

A falta de entendimento entre os autarcas está a atrasar o desenvolvimento de São Vicente. Posição assumida, na noite de segunda-feira, pelos partidos que compõem o executivo na Câmara Municipal, durante o programa “Plenário”, da Rádio Morabeza. A necessidade de consenso é unânime, mas as acusações de ambas as partes persistem.

O debate entre MpD, UCID e PAICV teve como foco o impasse político na edilidade mindelense, numa altura em que o município está a ser gerido em regime de duodécimos.

Do lado do partido no poder na autarquia, Armindo Gomes, presidente da Comissão Política Concelhia do MpD, refere que sem orçamento não será possível alavancar a ilha, mas acusa a oposição de querer governar a câmara.

“O presidente da câmara é um órgão eleito democraticamente e os seus poderes estão no Estatuto dos Municípios. Se não pode governar, São Vicente é que sai a perder. Tem de haver consenso, mas negociar não é pôr o adversário político a rastejar. Negociar por São Vicente, que merece uma gestão equilibrada e com orçamento aprovado. Agora, chegar ao ponto de transformar um problema político em um problema jurídico é ambição pelo poder”, diz.

A UCID, segundo partido na Câmara, assume que o problema, no ponto em que chegou, é de difícil resolução. Jorge Pinto da Fonseca, líder da bancada do partido na Assembleia Municipal de São Vicente, atribui toda a responsabilidade ao presidente.

“Se houvesse vontade política por parte do senhor presidente da câmara, essa situação estaria ultrapassada há muito tempo. Não houve vontade política. Isso é que está a fazer com que São Vicente fique para trás. O impacto é bastante negativo para a ilha, mas a gestão do Dr. Augusto Neves está a prejudicar a ilha”, entende.

Já o PAICV garante que é a favor da estabilidade dos mandatos e que nunca quis nem procurou a queda da Câmara Municipal. Adilson Graça Jesus, presidente da Comissão Política Regional, lamenta a situação e culpa Augusto Neves.

“Nós estamos a perder mais um ano. 2021 foi um ano de eleições legislativas e presidenciais que prejudicou um bocado o andamento dos investimentos em Cabo Verde. 2022 foi perdido porque a Câmara Municipal não pôde avançar com investimentos. Este ano vamos funcionar em duodécimos, o que vai impedir que haja novos investimentos para São Vicente. Não havendo novos investimentos, não há novas oportunidades, criação de riqueza e nem maior dignidade para a pessoa humana. É um problema provocado pelo presidente”, considera.

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Autoria:Fretson Rocha, Rádio Morabeza,14 fev 2023 14:19

Editado porAndre Amaral  em  4 nov 2023 23:29

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