A constatação foi feita em conferência de imprensa, na Cidade da Praia, pela deputada Carla Lima, no balanço das jornadas parlamentares para a última sessão do ano, que tem como foco o debate sobre o estado da nação , marcado para sexta-feira, 28, na Assembleia Nacional.
“Temos constatado que o Estado da Nação em Cabo Verde é de extrema dificuldade com o aumento da pobreza e da pobreza extrema”, observou Carla Lima, acrescentando que o aumento do desemprego encontra-se “em níveis preocupantes”.
“Estamos a falar da destruição de 32 mil postos de trabalho, o que tem provocado desânimo nos jovens e que levado os jovens cabo-verdianos a abandonar o País, procurando soluções de emprego e de rendimento em outras paragens”, frisou.
De acordo com a deputada do maior partido da oposição, essa tentativa de “emigração massiva” está a provocar problemas ao nível de desenvolvimento do País, com a perda de mão de obra qualificada.
Para além disso, apontou que tem havido “falta de rendimento” para as famílias e com o Governo, acusou Carla Lima, a adoptar “medidas paliativas” de sustentabilidade, nomeadamente o Rendimento Social Único (RSI).
“O RSI é uma medida que serve para, de alguma forma, ajudar as família mas, num momento determinado, não há sustentabilidade e ninguém consegue sair da pobreza com essas medidas, sejam inseridas no cadastro social ou em outras medidas que o Governo tem tomado”, precisou Carla Lima, considerando que essas medidas apenas tem aumentado a dependência das pessoas em relação do Estado.
Segundo a deputada, este estado de “extrema dificuldade” da nação se vislumbra com o “aumento da criminalidade, falta de transparência, má gestão dos recurso públicos , deficiência na ligações interilhas, problema na evacuação dos doentes e ruptura de medicamentos.”
“Temos um Governo que prometeu que tinha soluções prontas para serem implementadas (…) e ainda não conseguimos vislumbrar qualquer solução que realmente tenha funcionado em qualquer sector da vida do País”, concluiu.
O debate sobre o estado da nação está previsto para a próxima sexta-feira, 28, na Assembleia Nacional, durante a segunda sessão do mês de Julho.