Afirmação feita hoje pela deputada Paula Moeda durante o debate parlamentar.
"A Mulher é a força da Mudança em Cabo Verde", afirmou a deputada Paula Moeda, ressaltando a evolução das mulheres desde a independência até os dias actuais.
Conforme referiu, as mulheres têm desempenhado papéis essenciais na política, educação, economia e cultura, deixando uma “marca indelével” no país. Moeda também elogiou o poder das mulheres cabo-verdianas como pilares das famílias, líderes nas comunidades e impulsionadoras do progresso nacional.
O partido salientou os avanços das mulheres na educação e saúde. No entanto, Moeda ressaltou que apesar das conquistas, persistem desafios a serem enfrentados.
Um desses desafios é a violência baseada no género, com cerca de 31% das mulheres em Cabo Verde sendo vítimas de violência física ou sexual por parte de parceiros íntimos.
“A Participação nas esferas do poder: A representação das mulheres nas esferas do poder é ainda baixa, apesar da lei da paridade. Persiste uma sub-representação quer no poder legislativo, quer no poder executivo. O Emprego e empoderamento económico: As estatísticas nacionais mostram que a taxa de desemprego das mulheres é superior à dos homens em 4 pontos percentuais”, indicou.
Para Paula Moeda, é importante abordar a informalidade no emprego, onde, segundo referiu, 42% das mulheres têm empregos informais com condições precárias e baixos salários.
Nesse sentido, defendeu a necessidade de políticas que promovam a inclusão económica e social das mulheres na informalidade.
“O objectivo do Governo de atingir o pleno emprego e o trabalho digno para todos, no período de 2016-2026, é mais um sonho que ficou para trás. Esses e outros desafios destacam a necessidade urgente de ações coordenadas e políticas específicas para enfrentar as disparidades de género em Cabo Verde e avançar em direção a uma sociedade mais igualitária, onde todas as mulheres cabo-verdianas tenham a oportunidade de realizar o seu pleno potencial e contribuir para o desenvolvimento do nosso país”.
“Fazemos aqui apelo ao fortalecimento de parcerias com a sociedade civil, com o setor privado e outras partes interessadas para promover a igualdade de género e empoderar as mulheres, compartilhando boas práticas e especialmente os recursos, para alcançar resultados”, finalizou.