O deputado do MpD Adilson Fernandes, na declaração política em nome do partido, afirmou que os esforços governamentais têm mostrado “resultados notáveis”, com o Produto Interno Bruto Nacional (PIB) a registar um crescimento de 10,2 por cento (%) em termos reais no primeiro trimestre de 2024, comparado ao mesmo período do ano anterior, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
“Esta taxa de crescimento reflete a resiliência e a capacidade de recuperação da economia cabo-verdiana”, vincou Adilson Fernandes.
Nos últimos anos, referiu, o Governo tem trabalhado “arduamente” para melhorar as condições económicas do país, o que aumentou a produtividade e a competitividade, e criou-se melhores oportunidades para os cidadãos.
As políticas económicas implementadas, continuou, focam-se na criação de um ambiente empresarial favorável e no aumento dos investimentos em sectores-chave como turismo, agricultura, pesca, serviços financeiros, infraestruturas, economia azul e economia digital.
“No primeiro trimestre de 2024, o valor acrescentado bruto a preços de base cresceu 10,4 %, destacando a robustez dos setores produtivos”, declarou o parlamentar do MpD.
Segundo Adilson Fernandes, apesar dos desafios, as perspectivas económicas para Cabo Verde são positivas.
O Banco de Cabo Verde (BCV) prevê um crescimento do PIB estável em 5 %, em 2024, com projeção de aumento para 5,4 %, em 2025, acompanhado por uma trajetória descendente da inflação, favorecida pela queda dos preços das matérias-primas no mercado internacional e pela política monetária restritiva, indicou.
O parlamentar do MpD expressou o “firme compromisso” do Governo em apoiar e promover medidas que visem fortalecer a economia, criar mais oportunidades de emprego e melhorar a qualidade de vida dos cabo-verdianos.
Por seu lado, o deputado do PAICV Julião Varela rebateu a declaração política do MpD e questionou a sustentabilidade deste crescimento.
Julião Varela argumentou que a análise baseada em dados trimestrais não oferece uma visão completa e que o crescimento económico actual, situado entre 4 % e 5 %, não difere significativamente dos níveis observados antes da actual administração.
O deputado lembrou que por ser uma informação trimestral, por si só, “não dá para tirar qualquer conclusão”.
“Portanto, o crescimento de que se fala é um crescimento insustentável e de que os cidadãos já disseram claramente que a governação económica do país está na direção errada”, finalizou Julião Varela.