Parlamento: UCID considera necessário entender conceito da política pública para entender o papel do Estado

PorExpresso das Ilhas, Inforpress,26 jun 2024 16:28

O presidente da UCID, João Santos Luís, considerou hoje ser necessário entender o que está por detrás do conceito de política pública para depois entender o papel do Estado e a importância dessas acções para os cidadãos.

Durante a sua intervenção no debate desta segunda sessão do mês de Junho com o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, o presidente da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID), João Santos Luís, elucidou que as políticas públicas devem servir de ferramenta para implementar mudanças progressivas na sociedade.

Segundo o mesmo, as políticas públicas podem ser usadas para tratar questões que afectam todos os cidadãos, sendo certo que, “bem-sucedidas e implementadas, podem melhorar as condições de vida dos cidadãos”.

“As políticas públicas, se forem bem-sucedidas, terão certamente a capacidade de influenciar a forma como os recursos e investimentos são alocados para fins específicos, com foco na melhoria da qualidade de vida da população.

“Ao compreender o que está por detrás do conceito da política pública, podemos entender melhor o papel desempenhado pelo Estado”, sublinhou.

Para João Santos Luís, no país existe ainda muita vulnerabilidade e acertos por fazer neste quesito, sublinhando que o Governo, “de quando em vez, faz alguma tentativa, mas os esforços têm surtido pouco efeito nas camadas que mais necessitam”.

Relativamente às questões sociais, o presidente da UCID, disse que está aquém do desejado, “existindo ainda uma taxa de desemprego jovem elevada e uma taxa de pobreza global acima dos 27%”.

Destacou também o tratamento desigual no seio das camadas com menos posses, ressaltando as reclamações dos cidadãos no que respeita aos cuidados de saúde nas ilhas com “fraco ou péssimo” serviço de saúde aos cidadãos, nomeadamente, nas ilhas da Boa Vista e de São Nicolau.

“Os mais de 20 mil idosos e pessoas que exigem cuidados especiais a nível nacional, com uma pensão de 6.000 escudos, há seis anos, vivem na miséria extrema e quem de direito ‘assobia para o lado’ fazendo tábua rasa da dignidade daqueles”, constatou.

Lembrou que foi “categoricamente” rejeitada pelo Governo e pela bancada que o suporta uma pensão de sobrevivência aos cerca de uma centena de militares da primeira incorporação que tudo deram para que o país fosse independente em 1975, “muitos deles em situação de extrema precariedade, sem qualquer dignidade que a pessoa humana merece”.

João Santos Luís afirmou que o Governo precisa ajustar as políticas públicas, por forma a que a aplicação destas surta um efeito efetivo na vida dos cabo-verdianos.

“Vamos ao debate, a ver se o primeiro-ministro põe a mão na consciência e procure políticas públicas mais amigas dos cabo-verdianos principalmente os mais vulneráveis economicamente”, concluiu.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Inforpress,26 jun 2024 16:28

Editado porAndre Amaral  em  20 nov 2024 23:25

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