Declaração feita hoje durante o debate “Políticas Públicas dirigidas à Mulher Cabo-verdiana”.
“Há uma medida importante em implementação, a Comissão Nacional de Perinatologia, uma estrutura multiprofissional dedicada a examinar casos de óbitos maternos e neonatais. Esta comissão vai ser reactivada e reforçada para a monitorização, qualificação dos profissionais e o desenvolvimento de estratégias para reduzir a mortalidade”, afirmou.
Ulisses Correia e Silva ressaltou, ainda, que após os avanços nos direitos sexuais e reprodutivos e direitos humanos, mais de 80% dos técnicos de saúde do país já foram formados em temas como género e atendimento às pessoas LGBTIQA+.
“O foco da nossa abordagem é sempre baseado nos direitos humanos e no combate à discriminação”, disse.
Nesse sentido, referiu que os dados mais recentes indicam uma melhoria significativa nas taxas de mortalidade infantil e materna, colocando Cabo Verde numa posição positiva.
“É claro que temos que continuar a melhorar, reforçando as políticas públicas, pois estamos a falar de áreas sensíveis e determinantes para a vida e qualidade de vida das pessoas, particularmente das mulheres”, concluiu.
De salientar que a comunicação social deu conta que só no mês de Março, foram registados cinco mortes de recém-nascidos no Hospital Universitário Agostinho Neto.
Em declarações à Lusa, mães que perderam bebés prematuros, queixaram-se à de falta de cuidados, exigindo uma investigação.
De relembrar que em Maio de 2023, entretanto, sete bebés recém-nascidos faleceram no Hospital Baptista de Sousa em São Vicente. Na sequência, o Governo substituiu a administração daquela unidade hospitalar.