De acordo com o relatório sobre as Perspectivas Económicas Mundiais, divulgado hoje em Washington, os peritos do FMI antecipam que os países lusófonos em África consigam expandir as suas economias em 2020, com excepção da Guiné Equatorial, que registará uma recessão de 5% nesse ano.
Para além de Angola, que deverá crescer 1,2% em 2020, Cabo Verde deverá registar uma expansão de 5% neste e no próximo ano, a Guiné-Bissau terá um crescimento de 4,6% e 4,9% em 2019 e 2020, Moçambique acelera de 1,8% este ano para 6% em 2020 e São Tomé e Príncipe regista uma aceleração de 2,7% em 2019 para 3,5% no próximo ano.
A Guiné Equatorial, por seu turno, deverá manter-se com um crescimento negativo até pelo menos 2024, mantendo a série de taxas negativas de expansão do PIB que começou em 2013, com uma interrupção em 2014.
Assim, o terceiro maior produtor de petróleo na África subsaariana e o mais recente país a aderir à Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) deverá registar crescimentos negativos de 4,6% este ano, 5% em 2020 e 2,8% em 2024.
Para o conjunto da região da África subsaariana, o Fundo prevê um crescimento de 3,2% neste ano e de 3,6% em 2020, "o que é ligeiramente mais baixo, em ambos os anos, do que o previsto no relatório de Abril".
O relatório 'World Economic Outlook', no original em inglês, não se debruça em pormenor sobre as economias africanas, oferecendo antes uma visão mais global da economia mundial.
A análise detalhada à África subsaariana será lançada ainda esta semana, no âmbito dos Encontros Anuais do FMI e do Banco Mundial, que decorrem em Washington.