O governo anunciou no Boletim Oficial da passada sexta-feira que escolheu a Icelandair como parceiro estratégico para a privatização dos TACV e que com esta escolha a empresa islandesa fica obrigada a pagar "no acto de assinatura do contracto de compra e venda das acções, uma prestação equivalente ao preço global das acções acordadas". No entanto, o valor total da operação não é revelado no texto publicado no Boletim Oficial.
O governo ressalva, no entanto, que caso a proposta não cumpra com o que está estabelecido no caderno de encargos "ou se das negociações não resultar qualquer acordo de aquisição das acções", poderá avançar para a escolha de um novo parceiro estratégico para a privatização dos TACV.
Em Julho deste ano, o governo já tinha anunciado os moldes do negócio e que a venda de acções da Cabo Verde Airlines será feita em três blocos distintos. 51% para o parceiro estratégico, 39% para parceiros institucionais e 10% para trabalhadores da empresa e emigrantes de nacionalidade cabo-verdiana.
Poucos dias antes, no debate do Estado da Nação, Ulisses Correia e Silva tinha anunciado que a Icelandair tinha apresentado uma proposta para a compra de 51% do capital da TACV.
Se a aquisição dos 51% das acções da TACV se concretizar, a Icelandair entra no mercado aéreo do médio Atlântico. No entanto, a empresa islandesa está também em negociações com o governo regional do Açores para a aquisição de 49% do capital da SATA. A 17 de Abril, a Loftleiðir Icelandic, companhia aérea do Grupo Icelandair, foi o único candidato pré-qualificado para a segunda fase do processo de negociação da alienação de 49% do capital social da Azores Airlines, ao qual apresentou uma proposta no passado dia 27 de Julho.