Para 2019, o GAO espera que a economia cresça dentro do intervalo de 5% a 6%, com base nas reformas estruturais em curso.
A inflação média anual aproximou-se de 1.3%, em 2018, em comparação com os 0.8% de 2017, reflectindo preços mais elevados de transportes, energia e habitação.
No que diz respeito ao défice da balança corrente externa, ficou estimado em 4,5% do PIB, em 2018, em relação a um défice de 7,0% do PIB em 2017.
O défice da conta corrente externa continua a ser financiado principalmente através de influxos oficiais de capitais e investimento privado. Como resultado, as reservas internacionais mantêm-se adequadas, em 5,6 meses de importações, calcula o GAO.
Para o ministro das Finanças, Olavo Correia, a economia está a crescer, mas ainda é preciso melhorar o ambiente de negócios e acelerar as reformas estruturais.
"A nota do GAO é uma nota altamente positiva, o quadro macroeconómico é estável, a economia está a crescer, a divida está a diminuir, o défice esta reduzir-se, o ambiente de negócios está a melhorar, mas temos que acelerar fazer mais, fazer melhor e fazer mais rápido, para que possamos atingir o crescimento de 7%", avança.
Do relatório consta ainda que a dívida pública em relação ao PIB diminuiu pelo segundo ano consecutivo, em 2018, mas ainda permanece elevada. Depois de um aumento rápido em anos anteriores, a dívida diminuiu de 127,8% do PIB, em 2016, para 122,8%, em 2018.
Olavo Correia assinala os progressos.
"Queremos, em 2024/2025, atingir 100% do PIB, o que é considerado um valor já extraordinário, face ao ponto de partida", explica.
A missão reconhece os progressos realizados pelo Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) na modernização do sistema de protecção social do país e o aumento da cobertura de 40% da força de trabalho em 2016, para 50% em 2018.
O GAO congratula as autoridades pelas medidas tomadas para reduzir os riscos fiscais do sector empresarial público, realçando a importância de acelerar as reformas em curso, especialmente nos sectores dos transportes e energia.
O GAO também elogia as autoridades pela operacionalização da lei do Tribunal de Contas, mas realça que a instituição ainda precisa de reforço de capacidades.