As Nações Unidas, a maior organização multilateral mundial, estão presentes em Cabo Verde desde os primórdios da independência e têm trabalhado há mais de 40 anos com os sucessivos governos, sociedade civil, sector privado, ONGs e outros parceiros para um desenvolvimento social e económico sustentável do país. Com a situação de crise provocada pela Covid-19 o plano de trabalho das Nações Unidas para 2020 sofreu profundas alterações. Ana Graça, Coordenadora Residente do Sistema das Nações Unidas em Cabo Verde, falou com o Expresso das Ilhas sobre a reorientação do plano de trabalho e dos diferentes tipos de apoios para dar respostas imediatas às cinco medidas prioritárias elencadas pelo governo para fazer face à crise económica, sanitária e social provocada pela pandemia da COVID-19.
A resposta à crise e o futuro da economia: Os próximos tempos vão evoluir de acordo com uma simples premissa: com Covid ou sem Covid. A evolução da economia dependerá do ressurgimento, ou não, da pandemia. No relatório mensal de Junho, a OCDE avança dois cenários. Se os contágios regressarem, a economia mundial pode ter uma contração de 7,6%, se as infecções continuarem contidas, a perda será de 6%. Cabo Verde não foge ao panorama global, o PIB, segundo a Fitch, pode ter uma queda de 14% e a dívida pública vai disparar, segundo o ministro das finanças, para os 150%. Para uma análise ao presente e uma, difícil, projecção do futuro, o Expresso das Ilhas falou com os economistas Carlos Burgo, João Estêvão e Jonuel Gonçalves.
Relatos na primeira pessoa: Os vencedores da COVID-19. A Covid-19, conforme relatam pessoas que por ela foram infectadas, traz um conjunto de marcas e consequências que poderão perdurar por anos. Essas podem ser as frustrações vividas durante o período de confinamento, assim como o preconceito a que estão sujeitas mesmo após receberem alta. Os recuperados Ailton Tavares, Ariana Semedo e Rodney Fernandes são testemunhas na primeira pessoa.
Ainda sobre a Covid-19: Autoridades confiantes na contenção da doença. Num balanço desde que a COVID-19 entrou no país, Artur Correia, director nacional de saúde, garantiu que tudo está a ser feito "para que o sistema de saúde consiga corresponder, tenha uma resposta positiva e não sufoque com uma avalanche de casos".
Autárquicas: Partidos começam a ‘contar armas’. As eleições autárquicas aproximam-se e os partidos definem as suas listas de candidatos. PAICV aposta em recuperar câmaras municipais perdidas em 2016 enquanto no MpD a aposta é na continuidade. No entanto, as críticas não se fizeram esperar pela ausência de mulheres como cabeças de lista. Manuel de Pina não se candidata na Cidade Velha e nos Mosteiros é Fernandinho Teixeira que não avança.
Também o político brasileiro Ciro Gomes: “Este é o pior momento da história brasileira”. Foi deputado, governador, ministro e, em 2018, concorreu à presidência do Brasil. Hoje é uma das principais vozes da oposição a Jair Bolsonaro. Em entrevista exclusiva ao Expresso das Ilhas e Rádio Morabeza, Ciro Gomes fala de um país em crise, onde a pandemia de covid-19 já matou mais de 44 mil pessoas e infectou perto 900 mil.
No interior, a opinião de Carlos Filipe Gonçalves, O combatente, o google e o envelope de histórias de dias-há; e de Dina Salústio, “Plantei uma árvore, tenho um filho e escrevi um livro: sou uma pessoa realizada”… A sério?