Jorge Carlos Fonseca alertou no seu discurso na cerimónia solene comemorativa do 46º aniversário da independência nacional para as ameaças que pairam sobre a democracia e pediu combate aos ataques injustificados às instituições do Estado.
Se este foi o último discurso de Jorge Carlos Fonseca no 5 de Julho enquanto Presidente da República foi, por outro lado o primeiro de Austelino Correia enquanto presidente da casa parlamentar. E do Presidente da Assembleia Nacional veio o apelo de que é “actual e crucial” preservar o Estado de Direito Democrático.
Neste número damos também atenção especial ao aumento de casos de miopia causados pela pandemia de COVID-19.
Encerrados em casa, num mundo cada vez mais digitalizado, o confinamento devido à pandemia da covid-19 agravou a saúde ocular em todo o mundo, e Cabo Verde não é excepção. Destaca-se a miopia que, segundo vários estudos internacionais, realizados em diferentes partes do mundo, disparou principalmente entre as crianças, grupo onde a incidência subiu 40%. Por cá, não há dados concretos, mas nota-se já uma maior procura de consultas oftalmológicas.
Ainda dentro do tema da COVID-19 destaque para a relutância que alguns jovens têm vindo a apresentar quanto à vacinação contra a doença. A vacina é, até agora, a principal esperança para conter a disseminação do novo coronavírus, mesmo assim ainda desperta dúvidas em muitas pessoas, sobretudo nos mais jovens. Isso em todo o mundo. Cabo Verde, onde há cerca de uma semana foi alargada a vacinação às pessoas com 18 ou mais anos de idade, não foge à regra.
Na política damos destaque à aprovação, pelos parceiros sociais, do Orçamento Rectificativo para 2021 que foiapresentado pelo governo. O Orçamento de 78 milhões de contos, prevê uma contenção das despesas de funcionamento do Estado em cerca de 2,7 milhões de contos.
No sector da aviação destacamos a compra da operação da TICV pela recém-chegada BestFly.
A Bestfly Worldwide comprou operação da Binter em Cabo Verde. Negócio que foi confirmado por Nuno Pereira, único accionista daquela empresa angolana. Se os valores do negócio não foram revelados, ficou a saber-se que o Estado vai ficar com 30% do capital da empresa. A TICV, enquanto marca, será reajustada e não continuará a existir.
A ler ainda a opinião da antiga Bastonária da Ordem dos Advogados, Sofia de Oliveira Lima, com 'Imunidades Parlamentares' e de Adriana Carvalho com 'Ensino Universitário Público: marcos cronológicos' que com esta crónica, número 40, fecha o ciclo temático da série [Re]cortes no tempo, iniciado no dia 11 de Janeiro de 2017 e que a autora já manifestou o interesse em reunir em livro numa publicação do Expresso das Ilhas.