Júlia Reis falava aos jornalistas, no âmbito da apresentação do ateliê de socialização dos resultados da avaliação do Programa de Acompanhamento e Reinserção dos Arguidos de Violência Baseada no Género. Segundo a responsável, durante o programa houve vários grupos reflectivos nas ilhas, salvo a ilha do Maio mas avança que o programa tem tido um impacto positivo.
"Nos já tivemos casos de sucesso de arguidos que passaram pelo programa e, que no fundo acaba por ser uma terapia quase que globais, não só na problemática da VBG mas acabam por fazer uma terapia integral. Nós pensamos que a partir de agora vamos sim ter melhores ferramentas para intervenção. Nos trabalhamos com cerca de trezentos e cinquenta arguidos", explica.
Trezentos e cinquenta arguidos estiveram inseridos do programa. A Presidente do Instituto Cabo-verdiano para Igualdade e Equidade do Género (ICIEG) Rosana Almeida, reclama do baixo número de arguidos que foram reencaminhados para os serviços de reinserção social.
"O que não nos satisfaz é o facto de muito poucos, apenas quinze por cento dos detidos, serem reencaminhados para os serviços de reinserção Social, algo que vamos reagir rapidamente no sentido de superar e trabalhar para uma melhor articulação com vista a menos VBG e menos casos de reincidência possível", avança.