Sindicatos e a Associação Nacional das Empresas de Segurança Privada estiveram reunidos ontem, sob mediação da Direcção-Geral do Trabalho, mas segundo o presidente do SIACSA, não conseguiram chegar a consenso.
Gilberto Lima diz que que “já passaram os 30 dias que a lei prevê” para a entrada em vigor da implementação do Acordo Colectivo do Trabalho” que recomenda a actualização da grelha salarial e que “os ânimos dos vigilantes já começaram a exaltar-se”, pelo que as organizações sindicais não têm como inverter esta situação.
O acordo assinado em Agosto de 2017 propõe, entre outras, a implementação de uma nova grelha salarial - sendo o salário mais baixo fixado em 17 mil escudos - o descongelamento das progressões e reenquadramento nas carreiras profissionais.
Na altura, definiu-se que o documento entraria em vigor a 1 de Janeiro de 2018, o que não aconteceu.
“Na falta de entendimento, os vigilantes vão partir para a greve. Os salários não devem ser condicionados”, explica Gilberto Lima que ameaça mesmo intentar uma acção no tribunal “para rever esta situação, porque briga com a lei”, diz o sindicalista.
O presidente da Associação Nacional das Empresas de Segurança Privada garante que se está a fazer os trâmites necessários junto da Comissão Paritária, para rever a aplicabilidade da grelha salarial…
Francisco Nascimento, citado pela Inforpress, afirma que a organização que representa tem uma audiência esta semana com a ministra do Trabalho, Janine Lélis, pelo que entende que “não havia razões para uma greve, exigindo a aplicação de um acordo publicado a 27 de Março e cujas diligências estão a ser feitas”.
Na falta deste entendimento, Francisco Nascimento afirma que as empresas de vigilantes privadas vão tratar, a partir desta terça-feira, de providenciar os serviços mínimos para que as empresas possam acatar com as suas responsabilidades assim como cada uma das partes envolvidas.