Elísio Silva falava hoje à imprensa, à margem da socialização do Protocolo de Atenção Integrada à Saúde do Idoso.
“Porque temos em São Vicente todas as condições para apresentar uma candidatura e ser uma das primeiras cidades em África com este reconhecimento a nível da OMS. Em São Vicente, temos uma equipa multissectorial e multidisciplinar a trabalhar ligada ao idoso. Nos últimos tempos temos feitos progressos a nível do cuidado do idoso em São Vicente, sobretudo a nível da saúde”, indica.
“Nos centros de saúde em São Vicente, todos os idosos têm um atendimento especial. Cabo Verde está a aumentar a sua esperança média de vida e temos que criar as condições para acompanhar o tempo de vida dessas pessoas, porque estamos a viver mais, mas temos que viver com qualidade de vida”, conclui.
O reconhecimento 'Cidade Amiga do Idoso' é atribuído pela OMS, desde 2008, às cidades que promovem o envelhecimento activo, através da adaptação das estruturas e serviços para que sejam acessíveis a idosos e promovam a sua inclusão social e aumento da qualidade de vida.
O delegado acredita que a candidatura vai permitir melhorar o cuidado e tratamento que é dado à terceira idade e traduzir-se na melhoria da qualidade de vida deste segmento da população.
“Para além do reconhecimento da OMS, vai permitir, principalmente para quem trabalha directamente com os idosos, por exemplo na saúde, ter mais conhecimento para a intervenção nesta comunidade e no seguimento dos idosos em São Vicente”, assegura.
Elísio Silva não adianta a data para entrega do processo.
Em Cabo Verde, segundo dados do INE, a população idosa é de 7,8%, com tendência para crescer. A esperança de vida é de 72,2 anos para os homens e 80,2 anos para as mulheres.
A implementação de políticas e acções que visam diminuir o índice de analfabetismo local em idosos e que permitem um envelhecimento activo são alguns dos requisitos para a obtenção do estatuto de cidade amiga do Idoso.