"O foco principal estará sempre, como tem estado até agora, em algumas áreas: área da educação, área da Cultura, área da saúde, e a área transversal da capacitação institucional. É isso que o Camões tem procurado fazer em conjunto com as autoridades cabo-verdianas e é isso que continuamos a querer fazer para o futuro “explica.
Luís Faro Ramos destaca o papel desempenhado pelo centro, sobretudo a nível da formação de professores, área que considera "fundamental num país de língua Portuguesa"."Temos a tendência de pensar que os centros de Língua Portuguesa fazem sentido fora do mundo de língua portuguesa, ora não é o caso, também no mundo de língua Portuguesa, nomeadamente em Cabo Verde onde o Português é ensinado como língua segunda, faz muito sentido que nos possamos apoiar, e é o que temos feito ao longo dos anos na formação de professores Cabo-Verdianos em língua portuguesa", avança.
O Centro de Língua Portuguesa, na cidade da Praia, foi criado em 1999, ao abrigo de um protocolo de cooperação firmado entre o antigo Instituto Superior de Educação (ISE) e o Instituto Camões.
No âmbito da visita de Luís Faro Ramos a Cabo Verde, esta manhã, decorreu assinatura de um protocolo de cooperação com o Arquivo Nacional, para operacionalização do projecto Resgate.
Trata-se de um projecto, que vai permitir o resgate e digitalização de oito mil documentos históricos existentes em Portugal, sobre a vida de Cabo Verde antes da independência do país, em 1975. O objectivo de "Resgate", que será financiado em 80% pelo Instituto Camões, é tornar esses documentos acessíveis aos cabo-verdianos.