A secretária-geral da União Nacional dos Trabalhadores de Cabo Verde – Central Sindical (UNTC-CS), Joaquina Almeida, manifestou esta satisfação em declarações à imprensa, durante a manifestação pacífica organizada pela central sindical e os sindicatos de Santiago para alertar o Governo e a sociedade civil sobre um conjunto de questões de ordem socio-laboral que “requerem atenção e resolução”.
“Sinto-me satisfeita com a manifestação ainda que seja um trabalhador é o dever da central estar junto deste trabalhador, então, com essa moldura significativa valeu a pena organizar junto dos sindicatos de Santiago esta manifestação”, afirmou, acrescentando, que muitos não aderirem porque nesses dias estão marcadas várias manifestações a nível nacional e que as pessoas escolhem a que melhor lhes convém.
O motivo de muitos não terem aderido à manifestação, de acordo com a secretária-geral, tem ainda a ver com o facto de muitos trabalhadores estarem com medo de represálias, ressalvando, por outro lado, que sair às ruas para reivindicar os direitos dos trabalhadores “vale sempre a pena” porque são a razão de existência da Central e dos sindicatos.
Questionada se a desunião entre a central sindical e os sindicatos filiados na UNTC-CS não estará a prejudicar os trabalhadores, uma vez que nem todos sindicatos aderiram à manifestação e de os mesmos terem prevista uma outra para o dia 13 de Janeiro, Joaquina Almeida disse que “não está preocupada com isso” e que os outros sindicatos são livres para adoptar as suas políticas de reivindicações.
Lembrou, por outro lado, que a secretária-geral foi eleita democraticamente, reiterando que essa manifestação tem o objectivo principal de reivindicar os direitos dos trabalhadores que estão a ser violados.
Joaquina Almeida mostrou-se, entretanto, “disponível” em apoiar a outra manifestação a nível nacional do dia 13, Dia da Liberdade e da Democracia, convocada por um grupo de 12 sindicatos, frisando que ainda não recebeu o convite, mas que aguarda até o último momento.
Disse, ainda que a inflação está acima dos 10% e que desde 2011 os trabalhadores tiveram a reposição do poder de compra, perspectivando, o ano 2020 como um ano de “muita luta” porque em quatro Orçamentos de Estado não houve aumento salarial, reposição do poder de compra, igualdade social, e entre outros.
A UNTC-CS convocou esta manifestação hoje e para o dia 13, Dia da Liberdade e da Democracia, está marcada uma outra manifestação a nível nacional, convocada por um grupo de 12 sindicatos filiados.
Ambas as manifestações têm como bandeira a não actualização salarial e a perda do poder de compra por parte dos trabalhadores.