O protesto, que começou na Praça Dom Luís, percorreu algumas artérias da cidade, e terminou na Rua de Lisboa, terá contado com a participação de cerca 3.000 pessoas, de acordo com dados avançados por Tomás de Aquino, representante da organização da manifestação, em São Vicente.
Em declarações à imprensa, o sindicalista reafirma a disponibilidade para negociar com o governo as revindicações dos trabalhadores.
“O governo tem conhecimento das reivindicações, esperamos que efectivamente dê atenção às reivindicações reafirmadas hoje pelos trabalhadores. Estamos disponíveis para nos sentarmos à mesa e negociar os pontos que constam do caderno reivindicativo que aqui trouxemos, porque o nosso objectivo, é contribuir para que Cabo Verde se desenvolva e os trabalhadores se sintam realizados”, diz.
Para o representante sindical, o ambiente laboral do país, neste momento, “é caracterizado por um clima de medo, de muita precariedade, de elevada taxa de desemprego e de congelamento dos salários em todos os sectores de actividade”.
As questões de precariedade e de assistência na previdência social para os trabalhadores informais são pontos que vão merecer atenção especial dos sindicatos, nos próximos tempos.
“A questão da precariedade nos preocupa, tem trabalhadores que quando atingem o limite de idade ficam numa situação muito difícil. O que pretendemos é sentarmo-nos com as entidades, governos e as empresas e procurarmos uma solução para este problema. Também, para além da precariedade, tem outras classes profissionais, nomeadamente informais, que também não têm cobertura de providência social, que é outra matéria que temos na agenda para ser atacado e procurarmos formas de ultrapassar”, sublinha.
É público um alegado desentendimento entre a Secretária-Geral da UNTC-CS e os sindicatos filiados.
Tomás de Aquino aproveitou a manifestação para pedir união dentro da central sindical.
“Fazemos votos para que na próxima jornada de luta a liderança da nossa organização sindical esteja à altura de convocar os trabalhadores em Cabo Verde, com o apoio de todos os sindicatos filiados e os outros existentes no país, para fazermos a nossa jornada de luta. Queremos união. Queremos uma UNTC-CS forte, reivindicativa, determinada para a luta pelos trabalhadores”, nota.
Apesar da manifestação nacional marcada para hoje, a Secretária-Geral da UNTC-CS convocou e realizou no sábado um outro protesto.