Em declarações aos jornalistas, o Chefe de Cooperação da Delegação da União Europeia, José Román, disse que os cinco milhões de euros não são suficientes, principalmente num período de seca severa, mas realçou que é necessário estabelecer as bases para uma cooperação futura, mais ampla e no âmbito das alterações climáticas.
"As mudanças climáticas ficam na primeira das prioridades políticas da Comissão Europeia, junto com a aliança de África com Europa. São duas prioridades que temos mandato de informar, de insistir, aos nossos parceiros por serem estas as áreas onde vamos focalizar a partir de agora todos os nossos esforços. Este programa a par de ajudar Cabo Verde na sua resiliência é também um elemento de que vai nos ajudar a identificar ainda melhor o que vamos fazer no futuro " avança.
O projecto REFLOR CV está a ser implementado nas ilhas de Santiago, Boa Vista e Fogo há cerca de três anos.
O Ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, avança que os recursos não permitem intervir em todas as ilhas, pelo que foi necessário definir prioridades.
"No caso do Fogo, esta claramente como prioridade a floresta de Monte Velha, que nós sabemos que é uma floresta que já sofreu incêndios. É uma floresta muito importante para o ecossistema do Fogo, mas acima de tudo também para a protecção dos Mosteiros que está abaixo de Monte Velha, e que precisa de facto de ter todo controlo da erosão por razões também que mexem até com a protecção civil, mas para melhorar toda a participação das comunidades na gestão da própria floresta dentro daquilo que é o paradigma da sustentabilidade", explica
O Projecto “Reforço da capacidade de adaptação e resiliência no sector florestal em Cabo Verde” é do Ministério da Agricultura e Ambiente, com o objectivo de aumentar a resiliência e a capacidade de adaptação para enfrentar os riscos adicionais colocados pelas mudanças climáticas na desertificação e degradação da terra em Cabo Verde