Cabo Verde registou 13 novos casos de infecção por coronavírus, todos na Praia. Nas últimas 24 horas, o laboratório de virologia processou 96 amostras.
O país continuará na curva ascendente da epidemia, pelo menos, até meados de Maio. A estimativa foi avançada hoje, na Praia, pelo director do Serviço de Prevenção e Controlo de Doenças, Jorge Barreto.
Precisamente, fruto do crescimento de casos na cidade da Praia, a ilha de Santiago (a par da Boa Vista), começou hoje um novo período de estado de emergência. Uma das novidades do decreto-lei que regula o terceiro período de excepção é que as viaturas apreendidas pela polícia por violação do dever geral de recolhimento domiciliário só serão devolvidas aos proprietários no final do estado emergencial.
No conjunto do continente africano, o número de mortes provocadas pela COVID-19 subiu para 1.754 nas últimas 24 horas, com mais de 42 mil casos da doença registados em 53 países. África do Sul, Argélia, Egipto, Marrocos e Nigéria concentram cerca de metade das infecções.
Em todo o mundo, são já 3,5 milhões os infectados. 245 mil pessoas perderam a vida.
Para leituras de fundo, três sugestões.
A primeira, relativa ao Dia Nacional da Prevenção e Segurança no Trabalho, instituído em Cabo Verde em 2015. Em tempos de COVID-19, a efeméride (que se cumpre a 28 de Abril) não pode ser assinalada com as actividades habituais, mas o princípio que a institui é hoje, como sempre, promover a saúde e a segurança, apostando na prevenção. Anildo Fortes, Inspector-Geral do Trabalho, fala ao Expresso das Ilhas sobre as novas exigências que a pandemia trouxe, apelando ao empenho de todos no cumprimento das regras para a sua contenção, neste caso, nos locais de trabalho.
A segunda remete para uma entrevista ao presidente da Câmara Municipal da Praia, Óscar Santos, que pediu o alargamento do estado de emergência, mas mostrou-se contra a imposição de um cordão sanitário à volta da cidade.
Finalmente, nota para o trabalho com Elísio Macamo, Professor de Sociologia e Estudos Africanos, na Universidade de Basileia, Suíça, que duvida da eficácia do confinamento, enquanto estratégia africana de controlo da pandemia de COVID-19.