“A lista de transição apresentada para reclamação está viciada de injustiça laboral porque penaliza os que têm mais anos de trabalho, os que estavam a ser injustiçados nos seus salários, bem como aqueles que têm habilitações profissionais, entre outros. Deste modo, os sindicatos representativos já enviaram a sua posição, contestando as injustiças, propondo a reposição da justiça, como manda o PCCS, identificando cada caso e as respectivas justificações”, assegura Luís Fortes, secretário-permanente do SINTAP.
Luís Fortes afirma que não se compreende o "mau enquadramento" dos profissionais na lista de transição.
“Estamos a falar de mau enquadramento dos funcionários, tendo em conta o tempo de serviço, a formação profissional e habilitação literária. Descobrimos discrepâncias entre funcionários com a mesma habilitação literária e mesmo tempo de serviço”, aponta.
“Há a diferença salarial, houve um aumento de cinquenta mil escudos para os dirigentes dos centros, enquanto encontramos o pessoal de apoio operacional, por exemplo, que ganhava quinze mil escudos durante 30 anos, agora terão um aumento de cinco escudos, como se estivessem hoje a entrar no IEFP”, crítica.
O sindicalista ameaça recorrer aos tribunais para fazer cumprir a lei.
“Temos os tribunais, mas também a luta sindical passa pela greve. Vamos esperar a publicação da lista definitiva, depois disso, vamos ver quais foram as considerações que o IEFP tomou para considerar as reclamações dos trabalhadores. Entendemos que não há cumprimento da lei nesta matéria”, sublinha
A portaria que aprova o Plano de Cargos Carreiras e Salários dos trabalhadores do IEFP foi publicada em Dezembro de 2020, culminando um processo de 7 anos.