Segundo o chefe de Estado, na reunião habitual com Ulisses Correia e Silva, esta que decorreu depois de uma ausência em missão de serviço fora do País, foi informado dos propósitos que o Governo tem em relação ao dossiê “Cabo Verde Airlines”.
Para o Presidente da República, está-se perante um “problema que não é de agora” e, por isso, a procura de novos parceiros “deve ser feita com cautela, prudência, estudo e serenidade”, de forma que sejam encontrados os “melhores caminhos e soluções”.
Jorge Carlos Fonseca fez essas considerações ao ser instado pelos jornalistas a pronunciar-se sobre o caso da CVA, quando recebeu, na sua residência, a equipa de recenseadores no quadro do Recenseamento Geral da População e Habitação.
Os transportes aéreos, enfatizou o chefe de Estado, é “fundamental” para os cabo-verdianos poderem deslocar-se, por um lado, entre as ilhas, e, por outro, para fora do País.
Segundo Jorge Carlos Fonseca, em relação ao caso CVA, o papel do Presidente é “acompanhar, aconselhar e corrigir, se for o caso”, mas, realçou, “neste momento, é sobretudo, informar-se e acompanhar, digamos, os passos que o Governo vai dar porque não é um dossiê fácil, como se deve imaginar”.
“O Presidente da República tem que ter sempre esta postura de optimismo, de moderação e de procurar ajudar o Governo a encontrar as soluções, que são melhores para nós todos”, concluiu.
Entretanto, sobre o arresto do Boeing-757, Jorge Carlos Fonseca não quis pronunciar-se, alegando que se trata de um problema que implica autoridades judiciais, além de não conhecer os pormenores do referido dossiê.
“Em Cabo Verde, temos que ter sempre confiança de que as nossas instituições são credíveis, sólidas e legítimas e, portanto, encontrarão as soluções justas e de acordo com as leis do País”, afirmou Jorge Carlos Fonseca.