Jorge Carlos Fonseca fez esta afirmação numa mensagem à comunidade educativa, por ocasião da abertura do novo ano lectivo.
Conforme escreveu, o país tem de continuar a apostar na criação de um sistema educativo de referência nas áreas tecnológica, linguística e humanística que habilite a compreender cada vez mais a sua e outras realidades, seus potenciais, oportunidades e limitações.
Por outro lado, continuou, na escola é importante criar e fazer fecundar a semente das práticas democráticas da solidariedade, da tolerância e da liberdade, com uma aposta forte na educação para os direitos humanos, para a cidadania democrática.
“É por esta via que criaremos condições para o desenvolvimento inclusivo, para estruturação de uma sociedade mais justa, mais livre, mais tolerante e pluricultural”, pontuou.
No entender do Chefe do Estado, no dia em que cerca de 134 mil alunos e mais de seis mil professores e profissionais não docentes regressam às escolas, não se pode ignorar a complexa situação da pandemia da COVID-19 que tem condicionado de forma particularmente intensa o sistema educativo.
“Neste regresso ao sistema presencial, são grandes os desafios que se colocam à Escola, sendo de destacar o rigoroso cumprimento das normas sanitárias, e, muito particularmente, da vacinação, para todos os que se encontram em condições de serem imunizados”, lê-se.
Neste sentido, frisou que na actual conjuntura, os professores adquirem um papel de relevância extrema, qual seja a utilização da sua capacidade de liderança para fazer da escola um baluarte da luta contra a pandemia e, simultaneamente, lançar mão da sua criatividade para as inevitáveis adaptações pedagógicas que a situação deverá requerer.
“Não duvido que os nossos docentes estão à altura desses desafios. Neste início de ano lectivo, destaco, naturalmente, o empenho com que o Ministério da Educação tem equacionado os diferentes problemas do sector, mas, saúdo efusivamente, também, os pais e encarregados de educação, os profissionais não docentes e, de modo muito particular, os professores e os alunos. Não me esqueço dos sindicatos e das suas reivindicações, fazendo votos para que, no diálogo com o poder político, as soluções sejam encontradas”, destacou.
Ainda na sua mensagem, o PR referiu que mais do que nunca se torna necessário que nas escolas se fale ”muito e com inteligência” sobre as mudanças climáticas e o perigo que elas representam para a sobrevivência da humanidade.
Jorge Carlos Fonseca sugeriu ainda que se deve ensinas às crianças e jovens que pequenos gestos como apagar as luzes, poupar água, reciclar os cadernos antigos são grandes gestos para a preservação do ambiente.
“Currículos que foquem questões climáticas, para além ensinarem os jovens, fazem destes influenciadores, capazes de transformar comportamentos das suas famílias e comunidades. Para um país como Cabo Verde, sem recursos naturais tradicionais conhecidos, a Educação assume uma importância inigualável”, frisou.
O ano lectivo 2021/2022 arranca hoje com aproximadamente 130 mil alunos e seis mil professores em regime presencial e com carga horária, após dois anos.