​Declaração Universal dos Direitos Humanos para as Crianças forma futuros defensores dos direitos humanos - CNDHC

PorExpresso das Ilhas, Inforpress,19 fev 2022 6:38

A presidente da Comissão Nacional para os Direitos Humanos e Cidadania (CNDHC), Zaida Freitas, assegurou que a Brochura da “Declaração Universal dos Direitos Humanos para as Crianças”, lançada sexta-feira, 15, vai formar cidadãos “pikinotis” futuros defensores dos direitos humanos.

Esta afirmação foi feita à imprensa, pela presidente da CNDHC à margem da apresentação desta declaração, na cidade da Praia, na presença de crianças, do director Nacional da Educação, Adriano Moreno, da consultora do BØRNEfonden, Benvinda Tavares, enquanto financiadora do projecto.

Esta brochura, segundo a presidente da CNDHC, tem como finalidade criar condições materiais para o ensino e aprendizagem dos Direitos Humanos no sistema formal de ensino, para crianças desde tenra idade, ou seja, dos 05 aos 10 anos.

“Este documento é fruto de muitas discussões, de equipas multidisciplinares que tiveram de adaptar um documento aparentemente tão simples, com apenas 30 artigos, mas um documento grandioso, com uma linguagem simplificada às nossas crianças, com adaptação em braille e com ilustrações que pudessem fazer sentido ao dia-a-dia das crianças cabo-verdianas”, explicou Zaida Freitas.

Para Zaida Freitas os princípios da declaração universal para os direitos humanos permitem aprendizagens que irão formar as crianças desde muito cedo, para que Cabo Verde tenha “realmente cidadãos ‘pikinotis’ que no futuro serão defensores dos direitos humanos”.

“Iremos começar com crianças muito jovens, a partir dos cinco anos, portanto, estamos a falar de miúdos do último ano do jardim infantil, até aos 10 anos, porque é nesta fase que as crianças entram em contacto com as diferenças, saem do seio familiar, onde quase tudo é muito parecido, muito semelhante para um mundo onde entram em contacto com a diversidade”, sublinhou.

“Porque se as tivermos educado nesses princípios, de respeito, de solidariedade, de cuidar uns dos outros, da amizade, de amor, de aceitação, teremos seguramente um mundo melhor, com menos conflitos”, assegurou.

Informou, por outro lado, que a CNDHC está neste momento a elaborar o manual para os professores que terão também formação para que possam trabalhar estes conteúdos com as crianças nas escolas.

Para a consultora e representante do BØRNEfonden, Benvinda Tavares, foi com muita alegria que esta instituição internacional contribuiu para este projecto “bastante ambicioso” para o reforço da protecção e promoção dos direitos das crianças em Cabo Verde.

“Esperamos que os materiais educativos sejam uma contribuição positiva para a educação para os direitos humanos às crianças, lembrando às mesmas de que juntamente com os direitos, elas também têm os deveres, por isso acredita que o livro vai ajudá-las para que sejam cidadãos mais conscientes e cumpridores dos seus deveres”, almejou.

Por sua vez, o director nacional da Educação, Adriano Moreno, manifestou ser uma honra o Ministério da Educação fazer parte deste evento, tendo reforçado que este documento veio colmatar o défice em termos do material de apoio do ensino para a educação para a cidadania.

Isto é muito importante porque desde tenra idade as nossas crianças podem ter contacto com esta linguagem dos direitos humanos que faz muita confusão a muitos de nós que já somos adultos quanto mais para as crianças.

“Mais do que transmissão de conteúdos é função da educação preparar os educandos para a cidadania, isto significa promover a compreensão dos direitos e deveres para que a convivência em sociedade seja plenamente vivenciada desde os primeiros anos”, concluiu. 

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Autoria:Expresso das Ilhas, Inforpress,19 fev 2022 6:38

Editado porFretson Rocha  em  7 nov 2022 23:28

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