“De facto, os professores estão a pedir a demissão do ministro da Educação, os professores estão órfãos em termos de ministro da Educação, porque ele não defende a classe docente, defende o Governo e a elite que eles querem promover a todo o custo em detrimento das outras classes profissionais”, declarou o sindicalista.
Para o SINDEP, o Governo vem “ignorando por completo as reivindicações da classe docente apelidando estas lutas de meros ruídos irritantes”.
“Estamos determinados em usar todos os instrumentos legais para obrigar o Governo a mudar de rumo e nos respeitar, devolvendo a dignidade que a classe merece”, sublinha Jorge Cardoso.
Cardoso considera preocupante o comunicado do Director Nacional da Educação que impede a deslocação dos professores durante a interrupção lectiva.
“No passado dia 12 do corrente mês, o Director Nacional da Educação enviou um comunicado a todos os Delegados do Ministério da Educação, impondo, com aquilo que chamamos de assédio moral, ameaçando e amedrontando os professores que trabalham fora da sua ilha e até concelhos que não são de origem a não efectuarem qualquer deslocação durante a interrupção lectiva”.
Perante este comunicado, o Sindicato afirma que vai, junto dos seus juristas, “intentar uma acção judicial junto dos tribunais”, perante esta atitude que classifica de “ditatorial e de perseguição”.
No que diz respeito ao congelamento das notas finais, o Sindicato afirma que esta é uma possibilidade, mas que primeiramente há que se ver os mecanismos legais para poder agir.
É de recordar que no passado mês de Novembro os professores efectuaram dois dias de greve, que entre outros motivos se encontra a actualização da grelha salarial, ou seja, querem equiparação do salário com as outras classes consideradas especiais.