"A informação que tenho confirma," afirmou o Chefe do executivo, referindo-se à verificação dos óbitos, após a comunicação ao país sobre a situação da dengue.
O governante explicou que as autoridades de saúde estão a apurar se os casos de paludismo são autóctones ou importados, uma tarefa a ser detalhada pela Directora Nacional de Saúde.
Ulisses Correia e Silva lembrou que Cabo Verde é um país vulnerável a doenças tropicais devido à proximidade com países onde o paludismo é endémico e salientou a importância da prevenção contínua.
“Cabo Verde é um país que está situado numa zona onde temos mobilidade e temos circulação permanente, da proximidade de países onde o paludismo é endémico, esse é um risco”, argumentou.
Conforme asseverou, é preciso garantir que todo o processo de prevenção e de redução dos riscos esteja na agenda, tanto ao nível das instituições, como dos cidadãos, de modo a manter a classificação do país como livre da transmissão endémica do paludismo.
De relembrar que em Janeiro deste ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) certificou Cabo Verde como um país livre de malária, juntando-se a um grupo de 43 países e um território a quem a instituição atribuiu esta certificação.
Cabo Verde é o terceiro país a ser certificado na região africana da OMS, juntando-se às Maurícias e à Argélia, que foram certificadas em 1973 e 2019, respectivamente. O fardo da malária é mais elevado no continente africano, que representou aproximadamente 95% dos casos globais de malária e 96% das mortes relacionadas em 2021.