O facto é admitido pelo Primeiro-Ministro, Ulisses Correia e Silva, que terminou hoje uma série de audiências com empresas, instituições desportivas e sociais, grupos culturais e confissões religiosas.
“Em primeiro lugar, uma administração para ser boa tem de ter uma atitude de prestação de serviço público. Isso, de uma forma genérica em Cabo Verde, precisa ser aprimorado, desenvolvido, ter em conta que o tempo do empresário não é a mesma coisa que o tempo do funcionário. A nível fiscal, o pacote que nós temos é bom e é reconhecido pelos empresários, mas a administração fiscal precisa ser mais eficiente. A própria justiça, os serviços de conservatória dos registos e notariais também precisam de um reforço. Eu creio que as grandes preocupações estão muito viradas à administração. Como melhorar a administração pública em São Vicente para ser um factor de desenvolvimento”, diz.
A unificação do mercado é uma reivindicação antiga dos empresários. As deficientes ligações marítimas e aéreas de e para São Vicente são outro problema crónico que tem afectado os empresários. Um problema que o chefe do Governo espera ultrapassar com a conclusão do concurso de concessão dos transportes marítimos inter-ilhas.
“Eu creio que isso vai alterar muita coisa relativamente ao funcionamento do mercado que precisa estar unificado”, diz.
O Primeiro-Ministro volta a falar dos investimentos previstos para São Vicente, nomeadamente a Zona Económica Especial de Economia Marítima, o terminal de Cruzeiros, a asfaltagem da estrada Mindelo/Baía das Gatas. Com estes projectos, Ulisses Correia e Silva perspectiva novas centralidades em São Vicente, através de investimentos privados.