“A paz, a estabilidade que ela permite e o progresso que ela favorece, é, sem dúvida, a par da liberdade o bem público maior para a humanidade e para o convívio entre as nações”, declarou o Presidente da República na abertura do seu discurso.
Para Jorge Carlos Fonseca, o antigo presidente sul-africano tendo sido “o grande ícone da paz que foi, é natural que nos inspire e seja o guia da nossa reflexão, acção e responsabilidade de Estados e nações de tudo fazer para que o mundo realize a paz global”.
“Infelizmente, ainda neste primeiro quarto do século XXI temos a lamentar a existência e a proliferação de novos conflitos, somando mais sofrimento e destruição de vidas”, lamentou Jorge Carlos Fonseca.
No ano em que se celebram os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos “são ainda muitas as zonas de sombra pelas violações que persistem e teimam em manchar a face da dignidade humana”, prosseguiu o Chefe de Estado.
No entanto, como diz Jorge Carlos Fonseca, “nem tudo é apocalíptico se atentarmos aos exemplos que indicam o caminho a seguir, onde conflitos foram terminados ou evitados, onde os direitos fundamentais têm sido promovidos e onde a pobreza tem diminuído. Esses exemplos apoiam a visão do Secretário-Geral, a quem aproveito para felicitar, estabelecendo um relação de causa e efeito entre a perenização da paz e o desenvolvimento sustentável”.
Para o Presidente da República, Cabo Verde, “na sua luta pela emancipação do colonialismo, encontrou no exemplo de Nelson Mandela, mais do que uma referência, uma ancoragem. A paz que mantivemos após a independência foi o nosso trunfo. Ela levou-nos, progressivamente, a instaurar um Estado de Direito Democrático respeitador e protector dos direitos e liberdades fundamentais”.