Segundo o estudo, divulgado na passada sexta-feira e a que o Expresso das Ilhas deu eco, os danos e desfalque às infraestruturas e equipamentos escolares, furtos ou roubos que atingem o património, agressões físicas entre os alunos e agressões de alunos contra os professores constituem formas de expressão de violência mais relevantes nas escolas nacionais. Contudo, os pesquisadores ressaltam que a violência psicológica (bullying) e cibernética têm vindo a ganhar expressão.
Hoje, em conferência de imprensa, Celeste Fonseca, deputada do MpD, disse que os “resultados do estudo que foram tornados públicos na semana passada preocupam-nos” e que nem o seu partido, como o governo ou a sociedade em geral podem “tolerar os resultados demonstrados”.
“A violência não pode ser encarada de ânimo leve, não podemos permitir a sua banalização”, acrescentou ainda Celeste Fonseca.
Para o MpD, o “combate à violência deve estar menos na repressão e mais num projecto político-pedagógico no qual devem estar envolvidos a família, enquanto instituição social mais relevante no seu papel educador, fiscalizador e acalentador, a comunidade e o poder político, para que as acções já em curso sejam reforçadas, com vista à minimização do problema”.
Por isso, lembrou aquela parlamentar do MpD, o governo tem vindo a agir “particularmente ao nível do ministério da educação e do ministério da família e inclusão social com uma série de medidas que visam a participação e a inclusão dos estudantes”. Medidas que passam pela universalização do ensino pré-primário, o “acesso de todos e em condições de igualdade” ao sistema de ensino ou a atribuição do subsídio mínimo de inclusão.
“Estamos convictos que estamos no caminho certo”, concluiu Celeste Fonseca.