Jorge Carlos Fonseca comentava, desta forma, a manifestação realizada domingo, 16, em São Vicente, promovida pelo Movimento Sokols, com o objectivo de pressionar o Governo para a reposição dos voos internacionais da Cabo Verde Airlines, de e para a ilha.
“A manifestação é um direito consagrado na Constituição (...) o Governo, a Presidência e todos outros, devemos acompanhar e estar atentos para interpretar os sinais, para que quando forem relevantes e de legítima expressão de insatisfação, se traduzam em concretização de políticas públicas”, disse.
Quanto às declarações de Ulisses Correia e Silva, que indicam “não poder fazer nada por decisão política”, o chefe de Estado afirmou ter ouvido essas palavras na comunicação social e defendeu que é preciso saber ler e interpretar as declarações feitas por políticos.
“Eu interpretei isso no sentido que o Primeiro-Ministro quis dar a entender que as políticas empresariais são decididas pelas empresas e que não se pode administrativamente impor medidas, se elas não têm sentido no ponto de vista da lógica empresarial”, explicou.
O Governo, segundo disse, deve ter em conta a dimensão do tecido empresarial, no caso de São Vicente, analisar a sua importância e influenciar com medidas políticas para que haja “mais apoio e ligações aéreas mais abrangentes”.