O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro, durante a 32.ª cimeira ordinária da União Africana (UA), em Adis Abeba, Etiópia. Segundo Ulisses Correia e Silva, trata-se de um evento que terá como promotores não só o Estado de Cabo Verde, como também a Organização Mundial do Turismo (OMT) e a Organização da Aviação Civil Internacional (OACI).
Com isso, diz o chefe do Governo, Cabo Verde quer dar o seu contributo para a abertura total do céu africano, visando uma maior integração do continente africano e sua globalização.
Para Ulisses Correia e Silva, o reforço significativo da conectividade é determinante para a aceleração do processo de desenvolvimento da África.
“Desenvolver as relações intra-africanas e com o mundo só é efectiva com boas conectividades a nível dos transportes, das telecomunicações e das TIC. A mobilidade de pessoas, o comércio, o investimento, o turismo, o acesso a mercados, a circulação e a partilha de conhecimento, da ciência, da tecnologia e da cultura, só se conseguem com boas conectividades”, entende.
O primeiro-ministro lamenta o facto de não existir um aeroporto do continente africano na lista dos MegaHubs mundiais, mas destaca, por outro lado, um mercado com potencial enorme. Faltam soluções integradoras que liguem com facilidade e competitividade os diversos países africanos entre si e com o resto do mundo, entende.
“Por estas razões, partilhamos o sentido de prioridade concedido pela UA ao Mercado Único de Transporte Aéreo Africano”, diz.
Correia e Silva aproveitou para informar que Cabo Verde tem em curso o processo de liberalização da sua zona de tráfego aéreo, de acordo com as recomendações da Decisão de Yamoussoukro.
O Governo acredita que com a criação da Zona de Comércio Livre e o Mercado Único de Transportes, enquadrados por ambientes de estabilidade política, instituições fortes e capital humano feliz e qualificado, África vai acelerar o seu desenvolvimento.