​UCID quer intervenção do Governo para aumentar quantidade e qualidade de areia disponibilizada no Lazareto

PorFretson Rocha, Rádio Morabeza,8 abr 2019 14:36

Zona de Extracção de inertes no Lazareto, São Vicente
Zona de Extracção de inertes no Lazareto, São Vicente (Rádio Morabeza)

A UCID denuncia a má qualidade e pouca quantidade de areia disponibilizada aos camionistas na zona de extracção de inertes no Lazareto, em São Vicente. Em causa, a deficiente disponibilidade meios por parte da empresa responsável e o facto de cada pessoa ter direito a uma única senha que lhe dá acesso a um camião de areia.

O presidente do partido, António Monteiro, pede, entre outras medidas, a liberalização das senhas por parte da autarquia.

“A UCID pede para que a Câmara liberalize a venda de senhas para minimizar as dificuldades que infelizmente os camionistas têm tido, e os expedientes que têm de dar para conseguirem as senhas. A segunda questão é a quantidade de areia que é necessária. O que as pessoas nos dizem é que, precisando de 3, 4, 5 ou 6 camiões de areia, para cobertura das casas, não conseguem ter esta quantidade, porquanto a pessoa que tem esta responsabilidade de acumular areia nesta zona não o faz. Faz de forma temporária e muitas vezes as pessoas são obrigadas a recolher areia de péssima qualidade para vender”, afirma.

O líder dos democratas cristãos afirma que sem areia extraída através de maquinaria, os camionistas e ajudantes são obrigados a recolher inerte de “péssima qualidade”, rejeitado pelos profissionais de construção civil. 

A verdade é que há uma máquina no local, mas hoje de manhã não estava operacional.

António Monteiro pede a actuação das autoridades locais e centrais para resolver o problema.

“Chamamos a atenção para o facto de estar aqui um equipamento do Estado, uma doação do Governo japonês, que deveria estar, consoante um plano de lavra, a fazer a extracção de areia, mas não o faz. Daí que queremos chamar a atenção do Governo e do Ministério do Ambiente para reanalisar essa situação e poder colocar esta máquina de forma definitiva aqui na zona do Lazareto, para que se faça o plano de lavra, para que a areia seja de qualidade e em quantidade necessária”, apela.

António Soares, um dos camionistas, descreve um cenário complicado.

“A nossa situação é complicada. Estou aqui desde as 8 horas e não há areia para apanhar. Não há areia porque a máquina está parada e não sabemos a quem pertence. Um membro da Câmara Municipal esteve aqui e disse-nos que paga 10 contos por hora para extrair areia, mas que não compensa”, diz.

Em Agosto do ano passado, a Câmara Municipal de São Vicente passou a vender a areia extraída no Lazareto. A medida foi apresentada pelas autoridades como resposta aos muitos acidentes que têm acontecido no local. Nesta nova modalidade, a areia passou a ser extraída por máquinas e disponibilizada aos camionistas, mediante a aquisição de uma senha no valor de 400 escudos por m3.

Em conferência de imprensa, hoje, no Lazareto, a UCID defendeu que a própria Câmara deve assumir a gestão da extracção.

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Autoria:Fretson Rocha, Rádio Morabeza,8 abr 2019 14:36

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  7 jan 2020 23:21

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