Palavras de Jorge Carlos Fonseca na mensagem alusiva a comemoração do Dia da África, que se assinala a 25 de Maio.
Na sua mensagem, o Presidente da República indica que o futuro que se deseja para África constitui um imperativo para todos, mas especialmente para os jovens.
Cabo Verde, considera, tem procurado, através do reforço da sua participação nas dinâmicas do continente, assumir o lugar que lhe é devido.
“Simultaneamente, através da consolidação do Estado de Direito Democrático, da promoção do desenvolvimento, e da estabilidade política e institucional, Cabo Verde assume, na prática, que é possível o exercício desses valores no nosso continente”, afirma.
Apesar dos progressos, África tem pela frente inúmeros e complexos desafios, decorrentes das muitas assimetrias, do atraso económico, da instabilidade política, do terrorismo e do impacto das mudanças climáticas, reforça.
A data do Dia de África assinala também mais um aniversário da União Africana, que sucedeu à Organização da Unidade Africana, criada para lutar contra o colonialismo e pelo desenvolvimento do continente.
“Se não restam dúvidas de que o objectivo primeiro foi alcançado, o mesmo não se poderá dizer no que se refere ao processo de desenvolvimento socioeconómico e político, cada vez mais complexo, em decorrência dos grandes desafios que o processo de globalização assimétrica acabou por implicar”, acrescenta
Jorge Carlos Fonseca destaca que a “ambiciosa Agenda 2063”, adoptada em Janeiro de 2015, representa, num horizonte de 50 anos, um desafio que visa realizar um plano de desenvolvimento, a médio e longos prazos, dos Estados membros da União Africana.
“Uma África de democracia e estados de direito, respeitadora e promotora dos direitos fundamentais e da justiça social. Uma África pacífica e segura, onde o desenvolvimento seja orientado para servir as pessoas, confiando no seu potencial económico e populacional, especialmente a sua juventude”, diz.