Janira Hopffer Almada considerou, em conferência de imprensa, que o Governo tem tomado medidas “avulsas”, numa espécie de política de “retalho” e navegação à vista, “sem planificação”, “sem contas feita” e como tal passiveis de permanente correcção.
“A medida que foi tomada acerca do código aduaneiro das pequenas encomendas não vai favorecer os emigrantes cabo-verdianos nos EUA. E o tempo vai demonstrar isso”, exemplificou, acrescentando que é “impossível “ou muito difícil enviar-se um bidão dos EUA, com um conteúdo inferior a 100 dólares.
O maior partido da oposição advogou, por outro lado, que no que diz respeito à integração dos emigrantes, que a primeira e “principal” medida é garantir a ligação com a terra mãe.
“Por isso é que nós temos dito que a questão dos transportes em Cabo Verde não pode ser pensada apenas do ponto de vista financeiro. É uma questão de soberania. Nós somos um país que tem mais gente fora do que gente cá dentro”, disse.
Para Janira Hopffer Almada, a diáspora não pode ser lembrada só nos momentos em que envia remessas para Cabo Verde. Deve, segundo defendeu, ser tida e achada também nos momentos em que são tomadas medidas para a sua integração.
A líder da oposição esteve reunida com a comunidade cabo-verdiana nos EUA que, segundo aponta, está preocupada com a situação “caótica” dos transportes aéreos, a “desorganização” dos transportes marítimos, a criminalidade, os “recuos” no sector da saúde e as dificuldades criadas para aqueles que não tenham passaporte cabo-verdiano.