O partido fala em falta de respeito para com os torturados pelo regime de partido único.
“Nós entendemos que é uma falta tremenda de respeito relativamente a estas pessoas, que nada fizeram. A única coisa que fizeram foi terem ideias diferentes relativamente à gestão do país, e foram torturados. E o Governo do MpD que se arvora em defensor e pai da democracia, e defensor do direito individual de cada cidadão faz tábua rasa desta situação e não consegue publicar pelo menos a lista que tem em mãos há mais de um ano”, diz.
A UCID entende que já é altura de o Governo pôr um ponto final na resolução do problema, para minimizar a situação das mais de 36 famílias que sofreram com o ocorrido. António Monteiro diz que o seu partido entregou uma lista há cerca de um ano.
“Esta demora é incompreensível porque ainda há algumas pessoas que estão vivas, e que têm lutado desde longa data para isto. Infelizmente dá impressão que o Governo faz tábua rasa porque provavelmente não sentiu na pele a dor que estas famílias sofreram em 1977”, entende.
No dia 4 de Junho de 1977, era detido em São Vicente um grupo de conhecidos mindelenses, acusados de serem contra-revolucionários e de estarem a preparar ataques terroristas, mas que entretanto se tinham limitado a distribuir panfletos. O regime de partido único reagiu com violência, torturando e espancando os presos.