Primeiro-ministro traça meta de 50% de penetração de energias renováveis até 2030

PorSheilla Ribeiro,7 fev 2020 14:46

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O Primeiro-ministro disse hoje que a meta do país é chegar a 2030 com mais de 50% de penetração de energias renováveis, e 2040 com 100% de mobilidade eléctrica de viaturas. Esta afirmação foi feita durante um Diálogo de Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável realizado pelas Nações Unidas e o governo de Cabo Verde.

Para que tal aconteça, Ulisses Correia e Silva diz que se torna necessário investimentos e que há, hoje, instrumentos facilitadores do investimento privado.

“A estimativa é que para conseguirmos a meta de 2030 teremos que ter investimento em energia renovável à volta de 480 milhões de euros, dois terços desse investimento, financiados por investidores privados”, afirmou.

O Chefe de Governo avançou ainda que a meta é alcançar os 17 ODS, tendo como prioridade um crescimento económico continuado, inclusivo quer do ponto de vista social, quer do ponto de vista territorial.

“No caso de Cabo Verde falar de território é falar das ilhas, é conseguir fazer com que cada uma das nossas ilhas tenha dinâmica e dinamismo económico suficiente para conseguir criar oportunidades de emprego, de rendimento, e reduzirmos assim as assimetrias regionais, que são muito importantes, e evitar o efeito da concentração, principalmente nas grandes cidades, que provoca fenómenos muitas vezes indesejáveis”, referiu Ulisses Correia e Silva, para quem o país não está longe da meta traçada.

O governo, lembrou, assumiu o compromisso de fazer o país crescer a taxas médias anuais de 7% para duplicar o rendimento médio per capita dos cabo-verdianos num horizonte de uma década, sendo esse o objectivo final.

“Não é o crescimento em si, é aumentar o rendimento e através do rendimento nós conseguiremos fazer com que as pessoas tenham melhoria das condições de vida. Vamos perseguir essa meta”, sublinhou.

A meta, prosseguiu, é o pleno emprego em 2026, não só através do esforço do crescimento económico, mas criando condições a nível da inclusão produtiva, a nível do fomento de empreendedorismo, a nível das qualificações dos jovens.

“Isso para que possamos fazer com que haja um ciclo virtuoso, investimentos privados, mas também qualificações suficientes para podermos responder à demanda de emprego e à melhoria da produtividade da mão-de-obra. Quando ela é bem formada, cria efeitos muito positivos. Está associada também a redução significativa do número de jovens sem educação, sem formação e sem emprego. Os jovens são a nossa meta maior”, assegurou.

Isto significa , conforme o governante, que é “importante” assegurar que desde criança, no pré-escolar, até ser adolescente, um jovem tenha condições de frequentar uma escola.

“É por causa disso que tomamos um conjunto de medidas que tem a ver com o subsídio ao ensino pré-escolar, a sua universalização, a eliminação de propinas e gratuitidade do ensino básico ao ensino secundário e eliminar as barreiras de entrada ao ensino”, elencou.

O Diálogo de Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável tem como objectivo apresentar as grandes linhas da Reforma das Nações Unidas, os resultados e impacto do Quadro de Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável implementado em 2019 e as prioridades estratégicas para 2020, tendo em conta as prioridades nacionais definidas no Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável (PEDS), com vista a atingir as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em Cabo Verde, e contribuir para o bem-estar e prosperidade de todos os cabo-verdianos.

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Autoria:Sheilla Ribeiro,7 fev 2020 14:46

Editado porSara Almeida  em  2 nov 2020 23:21

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