De acordo com um documento disponibilizado aos jornalistas pelo presidente da UCID, a proposta é que António Monteiro exerça a função de vereador a tempo inteiro, com responsabilidades nas áreas de Transportes e Equipamentos, Gestão e Manutenção da Frota e Oficinas, Energias, Iluminação Pública, Inovação e Tecnologia e Segurança Rodoviária.
De acordo com o mesmo documento, Neusa Sança, eleita nas listas da UCID, assume a vereação a meio tempo, com competências delegadas a nível de Atividades do Mar, Mercados Municipais e Feiras e Actividades Lúdicas. Anilton Andrade ficou sem pelouro.
Em conferência de imprensa proferida esta tarde em frente à edilidade mindelense, porque não terá sido permitida a sua realização dentro da câmara, António Monteiro manifestou o seu desagrado.
“Exigimos ao presidente que nos fosse dado o pelouro do urbanismo e gestão do território, ele nem sequer se debruçou sobre essa matéria. No meu caso, como vereador a tempo inteiro, foi uma jogada política e entendo perfeitamente. Mas não deu pelouro ao vereador Anilton Andrade. Dissemos ao presidente que queria partilhar o meu tempo inteiro com o meu colega vereador Anilton. E aqui não há nenhum tostão a mais. É o dinheiro do vereador a tempo inteiro que vai ser distribuído por dois. Também não fez nenhuma menção sobre isso. Fizemos questão de pedir o pelouro social, porque temos uma doutoranda nas políticas sociais, que é a doutora Neusa, que entendemos ser a pessoa mais indicada para trabalhar nesse pelouro. Também não mencionou absolutamente nada”, aponta.
António Monteiro afirma que o ponto sobre a distribuição de pelouros foi posto à votação pelo presidente Augusto Neves, sem analisar as propostas. Uma votação que considera ilegal, porque os vereadores da UCID não votaram.
“Estamos perante uma ditadura pura que faz inveja ao Mussolini e ao Stalin. Nós, os vereadores da UCID, estamos completamente indignados pela forma como é conduzida a primeira sessão da Câmara Municipal, e pelo tratamento dado aos vereadores. Não é esta a democracia que este país precisa”, entende.
O partido afirma que as suas sugestões a nível da distribuição dos pelouros não foram aceites, acabando o presidente da Câmara Municipal por suspender a reunião para ser retomada numa data ainda não conhecida.
Quanto aos outros vereadores, segundo o mesmo documento, o Presidente da Câmara Municipal, Augusto Neves, assume os pelouros das Finanças, Actividades Económicas e Planeamento Estratégico, Urbanismo, Ordenamento e Gestão do Território, Protecção Civil, Fiscalização e Segurança.
Simara Sousa, vereadora em exercício de funções a tempo inteiro, assume as pastas de Turismo, Desporto e Juventude, Espaços Culturais Municipais, Bibliotecas, Arquivos e Museus, Protocolo, Comunicação e Imagem.
Rodrigo Martins, também a tempo inteiro, é apontado para as áreas da Acção Social e Desenvolvimento Local, Promoção da Habitabilidade e Equipamentos Sociais, Infância e Proteção de Menores, Modernização Administrativa e TIC, Gestão patrimonial e Contratação Pública.
José Carlos da Luz, vereador a tempo inteiro, deve assumir Ambiente, Saneamento e Abastecimento, Solos e Informação Geográfica, cadastro e Toponímia Municipais, Espaços Verdes e Jardins, Desenvolvimento Rural e Política Animal, Cemitério e Gestão Cemiterial.
Quanto aos vereadores do PAICV, Albertino Graça é apontado para exercer a função a meio tempo, com competências nas áreas das Relações Externas, Promoção, Desenvolvimento Económico e Sustentabilidade, Empreendedorismo, Empregabilidade e Apoio ao Investidor. Celeste Dias da Paz é indicada para Educação, Estudos e Projectos, Formação profissional e Igualdade de Género, funções que assume a meio tempo.
O MpD venceu as eleições de 25 de Outubro, em São Vicente, mas sem maioria absoluta. Na Câmara, conseguiu quatro mandatos. A UCID elegeu três e o PAICV dois.
A tomada de posse dos órgãos autárquicos aconteceu a 18 de Novembro.