O apelo à vacinação surgiu numa declaração política feita pelo Grupo Parlamentar do MpD e apoiada pelo PAICV e UCID. Na comunicação, apresentada pelo deputado Luís Carlos Silva, o Movimento para a Democracia disse que este não é o momento de baixar os braços nem tampouco de resignação.
“O momento é de reforçar a coragem, a determinação e continuar a trabalhar com a mesma convicção e competência demonstradas até aqui”, disse.
“Vamos vacinar. Os adultos devem todos tomar a terceira dose. As crianças devem, imediatamente, dar início ao processo de vacinação. Só assim estaremos a nos proteger, a proteger os nossos entes queridos e a proteger Cabo Verde”, apelou.
Do lado do PAICV, o líder da bancada, João Baptista Pereira, parabeniza os profissionais de saúde e aplaude os esforços do Governo na mobilização de vacinas para proteger a população. O responsável partidário lembra que muitos países não têm imunizantes suficientes para a sua população, pelo que os cabo-verdianos devem aproveitar a oportunidade para se vacinarem contra o novo coronavírus.
“Apelamos a todos os cabo-verdianos no sentido de aderirem à vacinação sem preconceitos. Em Cabo Verde temos a vantagem de ter um número elevado de pessoas com duas doses e o país tem vacinas disponíveis para a dose de reforço. Noutras paragens não existem vacinas suficientes para as pessoas. Apelamos, em particular, às pessoas de Santiago Norte para aderirem à campanha de vacinação, porque é a região com as taxas de vacinação mais baixas”, alertou.
Também a UCID, através da deputada Dora Pires, recorda que o país atravessa um momento difícil, mas que se cada um fizer a sua parte é possível dar a volta à situação.
“Vamos cumprir todas as regras emanadas pelas instituições. Também pedimos às instituições para fazerem o seu trabalho porque, muitas vezes, a população não ajuda – vemos ruas cheias de gente sem qualquer proteção. Mas o nosso apelo é no sentido de ajudarmos o Governo através da adesão à vacinação porque é a única forma de driblar essa situação”, defendeu.
Até domingo último 84,1% dos adultos no país já estavam imunizados com a primeira dose, cerca de 71% com a segunda, 1,8% com a dose de reforço e 46,5% dos menores dos 12 aos 17 anos também já tinham recebido a primeira dose.