A CPI foi proposta por um grupo de parlamentares do PAICV e é, por isso, de constituição obrigatória não sendo a sua constituição discutida ou votada pelos deputados.
No texto do requerimento o grupo de 15 parlamentares que assinou o documento diz que o objectivo desta CPI é apurar "os dados e/ou estudos" que estiveram na base do que dizem ser a "liquidação faseada dos TACV", "conhecer os meandros do processo negocial encetado com a Icelandair", saber qual "o destino do passivo dos TACV - cujo montante é alterado, de dia para dia, pelo próprio governo", qual o futuro dos trabalhadores da empresa, "saber quando serão retomadas as operações da CVA" e conhecer "os termos do contrato emergencial assinado com a BestFly Angola".
Tudo isto porque, defendem os parlamentares do PAICV, há "indícios que o governo agiu de forma contrária à defesa dos interesses públicos nacionais".
"Assim, e considerando que as dúvidas, suspeições e indícios (...) poderão ser a indicação de eventuais falhas e erros do governo" que, defende este grupo de parlamentares do PAICV, "a serem confirmadas representam prejuízos para o interesse público em geral, impõe-se esclarecer, de modo efectivo, aprofundado e completo, os meandros do processo de privatização dos TACV, bem como a natureza e os meandros do negócio feito com a Loftleidir e os demais negócios referidos".
A CPI agora proposta será composta por quatro deputados do grupo parlamentar do PAICV, seis deputados do grupo parlamentar do MpD e um deputado proposto pela UCID. A presidência da CPI será proposta pelo PAICV.