PAICV pede urgência na “normalização” das ligações marítimas inter-ilhas

PorLourdes Fortes, Rádio Morabeza,4 nov 2022 14:14

​O PAICV acredita que os problemas enfrentados no serviço de concessão dos transportes marítimos poderiam ter sido evitados. Quem o diz é o presidente do maior partido na oposição, Rui Semedo, que recorda “os vários” alertas feitos ao governo aquando da assinatura do contrato de concessão, em 2019.

“A situação, tal como está, vem dar razão às críticas que foram avançadas há muito tempo, pelo PAICV. Ficamos tristes porque se as nossas críticas tivessem sido ouvidas a tempo, hoje Cabo Verde não estaria a pagar os custos que está a pagar. Falamos de custos económicos, de oportunidade, de tempo perdido e de prejuízos dados às pessoas, empresas e famílias”, afirma.

Desde Julho que se regista um desentendimento entre o governo e a CV Interilhas, relativamente às alegadas dívidas por parte do Estado na decorrência da concessão. Neste momento, está em curso a renegociação do contrato de concessão, mas não se conhecem os detalhes do processo.

Rui Semedo reafirma a disponibilidade do partido para colaborar na busca de soluções para o sector dos transportes.

“O PAICV quer dar a sua contribuição enquanto partido, para que tenhamos um sistema de transportes regular, eficiente e eficaz, que sirva o desenvolvimento do país. Somos ilhas, não funcionamos sem transportes regulares e a custos suportáveis. Não nos interessa ter razão, o mais importante é que haja disponibilidade para um diálogo entre todos, quem governa, a oposição, a sociedade e os operadores do sector”, refere.

Esta quinta-feira, o governo denunciou o classificou de “ruídos” criados pela concessionária dos transportes marítimos de passageiros e carga, devido à suspensão unilateral de ligações marítimas abrangidas pelo contrato de concessão, bem como a redução do número de navios disponíveis para as viagens inter-ilhas na programação de Novembro.

Para o líder do PAICV, a posição do executivo demonstra alguma “incapacidade” em resolver o problema.

“O ministro, o seu papel não é vir à praça pública questionar, colocar os problemas e chamar a atenção das empresas, o papel do Estado é resolver os problemas. O governo tem que ir além das críticas e resolver os problemas. Acho que deu um sinal de que não há espaço para diálogos fecundos, saudáveis nos espaços próprios, com os parceiros próprios (...). Precisamos da comunicação do problema resolvido e dos barcos a estabelecerem as ligações entre as ilhas”, sublinha.

O maior partido da oposição entende que o executivo deve “cumprir o seu papel” e assegurar a normalidade das ligações marítimas inter-ilhas.

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Autoria:Lourdes Fortes, Rádio Morabeza,4 nov 2022 14:14

Editado porAndre Amaral  em  27 jul 2023 23:30

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