“Com o propósito de angariar mais alguns votos, esta oposição não tem sido solidária com os cabo-verdianos, não reconhece as grandes dificuldades que nos foram impostas pelas secas, pela pandemia da covid-19 ou pelas graves consequências resultantes da guerra na Ucrânia, preferindo fazer orelhas moucas e continuar a denegrir o nome e a imagem de Cabo Verde”, acusou Paulo Veiga que, por outro lado, enalteceu “os esforços e os grandes elogios que este Governo tem merecido da comunidade internacional”.
Defendendo que “Cabo Verde navegou nos mares revoltos e tem vivido situações de grandes dificuldades derivadas de crises mundiais”, o líder parlamentar do MpD explicou que a “pandemia da covid-19 provocou a pior recessão económica mundial desde a II Guerra Mundial” e que a guerra na Ucrânia “está a provocar aumentos de preços da energia, de alimentos e vários outros produtos”.
“A insegurança alimentar aumentou”, acrescentou.
Para o MpD existem “duas formas de enfrentar a situação em que vivemos”: o país pode “esgotar-se na mera resposta à emergência da guerra, da inflação, da crise energética, da seca severa. Ou continuar a enfrentar lado a lado com os cabo-verdianos estes árduos desafios do presente, sem nunca deixar de olhar mais além, focados no futuro e na ambição reformista que definimos para a Legislatura”.
Defendendo que o Orçamento do Estado foi elaborado à medida do país “num contexto muito complexo, imprevisível e desafiante de governação”, Paulo Veiga defendeu que o documento “prioriza continuar a gerir as contingências e as emergências para proteger as pessoas e as empresas, relançar a economia; e preparar o país para o futuro de maior resiliência e sustentabilidade”.
Veiga lembrou igualmente que o OE2023 dá prioridade ao investimento no Estado Social. “São 43,5% do total do OE aplicados em programas que visam o desenvolvimento do capital humano, a inclusão social, a redução das desigualdades, a erradicação da pobreza extrema e a igualdade de género”.
“É um orçamento que verdadeiramente investe nas pessoas”, insistiu o líder parlamentar do partido que sustenta o governo para quem o OE2023 é significado de “um horizonte de estabilidade, de confiança e de compromisso”.
“Queremos crescer em 2022, em 2023, em 2024, em 2025 e em 2026. Como já conseguimos fazer em 2016, 2017, 2018, 2019 e 2021. 6 anos de crescimento, depois de praticamente 15 anos de estagnação”, apontou Paulo Veiga que defendeu que só “com investimento e inovação, com mais emprego e com melhores salários” é que “fortalecemos a nossa economia e que melhoramos a vida dos cabo-verdianos. E é com rigor e determinação que asseguramos previsibilidade e estabilidade às nossas políticas, criando, simultaneamente, margem para acorrer às despesas inesperadas”