Em Fevereiro de 2022, o PAICV propôs a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a privatização da TACV, bem como a liquidação da operação desta companhia aérea nos voos domésticos.
As audições da CPI arrancaram em Maio, com o ex-Presidente do Conselho de Administração da Transportadora Aérea Cabo-verdiana, José Sá Nogueira, seguido de Sara Pires, actual gestora da TACV.
Ainda no mês de Julho, o secretário-geral do PAICV denunciou que a CPI estava com dificuldades devido à “falta de colaboração” do governo e defendeu que o prazo dos seus trabalhos devia ser alargado por mais 90 dias, no sentido de se poder tirar a limpo todas as informações e documentos para esclarecer a opinião pública sobre o processo.
Durante este período, a companhia ficou temporariamente impedida de voar para a Europa, por não ter renovado um certificado, e viu o governo anunciar um acordo extrajudicial com os islandeses da Icelandair, que lideraram a TACV entre Março de 2019 e Julho de 2021, devido à renacionalização.
Ainda durante a vigência desta CPI, a companhia chegou a acordo com a angolana TAAG para alugar um Boeing 737-700, com o qual já está a voar para Portugal. Também este mês, o Fundo Monetário Internacional (FMI) estimou que a companhia vai precisar de 30 milhões de euros do Estado até 2023.
Em 27 de Março, o presidente da CPI, Walter Évora anunciou que o PAICV reencaminhou o relatório, com leituras diferentes, à Procuradoria Geral da República e pediu, além das questões de fórum criminal e judicial, responsabilização política pelos prejuízos.