PM assegura que relatórios de inspecção não indiciam crimes nos Fundos do Turismo e do Ambiente

PorSheilla Ribeiro,28 jun 2023 17:38

O Primeiro-ministro afirmou hoje que relatórios de inspecção aos Fundos do Turismo e do Ambiente não revelam indícios de crimes e garantiu que se a Comissão Parlamentar de Inquérito apurar responsabilidades criminais ou ilegalidades graves, medidas serão tomadas.

O governante fez esta afirmação durante o debate parlamentar sobre os negócios do Estado e a protecção do interesse público.

UCS salientou que hoje os relatórios de inspecção são publicados porque o Governo aprovou um novo Estatuto da IGF que impõe a publicação de relatórios de auditoria e de inspeção e comunicação com carácter obrigatório à PGR de actos que indiciem crimes ou ilegalidades graves.

Os relatórios de inspeção aos Fundos do Turismo e do Ambiente, prosseguiu, não apontam situações que indiciam crimes.

“Mesmo assim, como não devemos e não tememos, o Governo optou por enviar os relatórios ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas e à ARAP”, enfatizou.

Segundo mencionou, o Grupo Parlamentar do MpD solicitou uma Comissão Parlamentar de Inquérito para também nesta instância política se apurar em contraditório, eventuais situações criminais e responsabilidades.

Se eventualmente forem apuradas responsabilidades criminais ou ilegalidades graves, medidas serão tomadas, conforme garantiu.

“Usamos as vias institucionais, como foi feito em relação ao relatório de inspecção à gestão do Fundo do Ambiente relativo ao período da governação do PAICV que foi remetido ao Ministério Público por indício de crimes de corrupção”, discursou.

Ulisses Correia e Silva apontou ainda que vias institucionais foram também usadas em relação a várias inspecções e auditorias do governo anterior remetidos à PRG por indiciarem prácticas de crimes de infidelidade, peculato, participação ilícita em negócios e de corrupção.

Como exemplo, apontou o contrato concessão com a Sociedade Lusa de Negócios; gestão das ZDTI’s; auditorias realizadas à Agência de Regulação Económica, ao Banco da Cultura, ao Hospital Agostinho Neto, ao Ministério das Finanças, à ANAC, ao Novo Banco, à IFH, à SDE, ao Programa Casa para Todos PCT e a factos praticados na gestão da TACV.

O governante advogou que o actual Governo defende o interesse público com o planeamento e programação das obras e a eliminação de más práticas de concursos públicos lançados na base de ante-projectos e projectos incompletos e total desrespeito do Regime Jurídico de Empreitadas de Obras Públicas e Particulares.

“É bom para o país que haja sensibilidade e indignação social face à corrupção e se discuta a transparência. É bom que as instituições judiciais, instituições de fiscalização e de prevenção funcionem cada vez melhor e que não se instale a cultura da impunidade”, frisou.

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Autoria:Sheilla Ribeiro,28 jun 2023 17:38

Editado porAndre Amaral  em  24 mar 2024 23:28

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