Ulisses Correia e Silva enfatizou que o PAICV tem uma longa história de ressentimento e que busca de caos político desde as derrotas eleitorais em 2016.
O governante também criticou o partido por não apresentar uma estratégia de desenvolvimento alternativa ou políticas concretas para o país, e acusou o PAICV de circular em contramão com o sentimento dos cabo-verdianos.
Correia e Silva ressaltou os avanços realizados pelo actual Governo em áreas como transparência na gestão pública, controle de corrupção e fiscalização dos recursos do Estado. Mencionou ainda a aprovação de leis e a criação de instituições que fortaleceram a governança e o acesso à informação, destacando que durante o Governo anterior, o PAICV se opôs a essas medidas.
O Primeiro-Ministro defendeu a gestão das obras públicas, afirmando que não há mais derrapagens financeiras como as ocorridas anteriormente.
“Com a governação do MpD, os fundos são aplicados, em todos os concelhos do país, em concertação com as câmaras municipais em requalificação urbana e ambiental de bairros, localidades e centros históricos; Requalificação de orlas marítimas e criação de pedonais; Acessibilidades e trilhos turísticos; Restauro e requalificação de patrimónios histórico, cultural e religioso; Equipamentos e infraestruturas de saneamento; Protecção e conservação de biodiversidade”, elencou.
O Chefe do Executivo rejeitou as acusações do PAICV sobre os transportes aéreos e marítimos, destacando melhorias na segurança e na regularidade das operações.
“A TACV foi deixada pelo Governo do PAICV em situação de pré-liquidação em 2016, com o arresto de um Boeing em Amsterdão e a perda dos aviões ATR devido ao incumprimento das obrigações contratuais, no âmbito dos contratos de locação com a ELIX. Apesar da exposição a graves crises provocadas pela pandemia da COVID-19, conseguimos recuperar a empresa. A TACV está a operar para Lisboa. Um aparelho B737 Max 8, chegará ao país brevemente para voar para Paris, Boston e Fortaleza. A empresa vai continuar a existir e a investir”, assegurou.
Correia e Silva concluiu desafiando o PAICV a propor uma alteração legislativa que elimine a possibilidade de ajustes directos nas privatizações e concessões, argumentando que o próprio PAICV aprovou uma lei autorizando a privatização da TACV por ajuste directo durante seu mandato.