O Chefe de Estado ressaltou que a articulação não é simplesmente uma informação, mas sim um processo de discussão para alcançar entendimentos, fundamental quando Chefes de Estado fazem escala ou sobrevoam o espaço aéreo cabo-verdiano.
Neves comparou a situação, mencionando casos frequentes de Presidentes da República que passam pela Ilha do Sal, onde, mediante razões ponderosas e articulação, o Presidente da República desloca-se para receber os seus homólogos.
No entanto, no caso do Presidente Ucraniano, nenhum procedimento costumeiro foi seguido, conforme referiu.
“No que se refere à escala do Presidente Ucraniano, nenhum dos procedimentos costumeiros foi realizado. Não houve comunicação à Presidência da República nem quaisquer articulações. No encontro com o Primeiro Ministro, na sexta-feira, 8 de Dezembro, ele limitou-se a informar-me de que no dia seguinte iria ao Sal receber o Presidente da Ucrânia, que solicitara para um encontro”, escreveu Neves na sua página de Facebook.
Neves esclareceu que não teria objeções ao Presidente da Ucrânia ser recebido no Sal pelo Primeiro-ministro, considerando a sua própria indisponibilidade de agenda para deslocar-se à ilha.
“Em espaço próprio, o Governo já apresentou ao Presidente da República as razões, com as quais podemos concordar ou não, porque os procedimentos usuais de comunicação e articulação não foram efetivamente realizados, desta feita”, finalizou.
De recordar que, esta segunda-feira, José Maria Neves manifestou estranheza relativamente ao recente encontro entre o Primeiro-ministro e o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
Na sequência, o Governo disse que Presidente da República foi informado do encontro entre o Primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.
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