Durante o debate parlamentar da segunda sessão do mês de Junho com o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, o presidente do PAICV sublinhou que “num país de limitados recursos, como Cabo Verde, caberá ao Estado um papel fundamental para garantir o melhor aproveitamento de todas as potencialidades do país”.
Respostas adequadas para as necessidades vitais das pessoas, continuou, a promoção da justiça, da igualdade e a melhoria permanente das condições de vida daqueles que almejam, justamente, viver melhor e com dignidade na sua Terra.
O deputado Rui Semedo aproveitou o seu discurso para questionar o primeiro-ministro se o Estado está a ser impessoal em Cabo Verde, colocando nos lugares os profissionais mais capacitados, melhor formados e mais comprometidos com a causa pública.
Lembrou ainda ao chefe do Governo que prometeu criar 45 mil postos de trabalho, “emprego decente e bem remunerado e o resultado da sua política é a destruição de cerca de 20 mil empregos, mergulhando as pessoas no desespero”.
A degradação do poder de compra das pessoas e das famílias, continuou o presidente do PAICV, que hoje têm “mais dificuldades em tudo e sentem, na pele, a dureza de uma vida que está muito longe do seu sonho e das suas expectativas”.
“Prometeu também mais segurança e os resultados das suas políticas são mais assaltos, mais agressões, mais roubos, mais furtos, mais homicídios, mais assassinatos, mais desaparecimentos de pessoas e mais medo como confirmam os dados do próprio INE", lembrou.
A mesma fonte acusou o Governo de vender os patrimónios nacionais quando tinha prometido defender os interesses públicos.
“À luz dos dados estatísticos, a situação hoje é pior do que em 2016 e mesmo os dados das Nações Unidas sobre o índice do desenvolvimento humano indicam que estamos a piorar tanto em termos de pontuação absoluta como na relação comparativa com os outros países”, concluiu.